ENQUETE ENCERRADA: Ópera ‘Macbeth’ [TMSP]

por Redação CONCERTO 11/11/2025

Ouvinte Crítico

Ópera Macbeth, de Verdi

Theatro Municipal de São Paulo, de 31 de outubro a 9 de novembro de 2025

Orquestra Sinfônica Municipal e Coro Lírico Municipal

Roberto Minczuk – direção musical.

Elisa Ohtake – direção cênica e cenografia.

Marigona Qerkezi (dias 31/10, 4 e 8/11) e Olga Maslova (dias 1º, 5, 7 e 9/11) – Lady Macbeth, Craig Colclough (dias 31/10, 4, 7 e 9/11) e Licio Bruno (dias 1º, 5 e 8/11) – Macbeth, Savio Sperandio (dias 31/10, 4, 7 e 9/11) e Andrey Mira (dias 1º, 5 e 8/11) – Banquo, Giovanni Tristacci (dias 31/10, 4, 7 e 9/11) e Enrique Bravo (dias 1º, 5 e 8/11) – Macduff.

Hernán Sánchez Arteaga, regente do Coro Lírico Municipal. Aline Santini, design de luz. Gustavo Silvestre e Sônia Gomes, figurino. Roberto Alencar e Elisa Ohtake, preparação corporal. Ronaldo Zero, assistente de direção cênica

(Foto: divulgação, Robs Borges)

OUVINTE CRÍTICO - Ópera Macbeth, de Verdi
Participantes: 175
Média final: 4,07
(veja detalhes abaixo)

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Comentários

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Eu faço parte daqueles que acharam ridículo os vídeos exibidos dos bastidores. A ópera não precisa disso. A música, no nosso amado teatro municipal, é sempre de ótima qualidade, os solistas, em sua maioria sempre muito bem escolhidos, infelizmente a parte cênica sempre deixa a desejar e nesse Macbeth não é diferente. LAMENTÁVEL. Saudades do Lauro Machado Coelho.

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Músicos e cantores maravilhosos, obra lindíssima. Mas que desperdício de talentos. Sem cenário, intervenções ridículas que nada tem a ver com a obra. Há anos sinto que a administração do Teatro "descobriu a América" e substitui cenários por projeções. Isso faz tempo que saiu da esfera de recurso extra para se tornar incapacidade e preguiça mesmo de desenhar algo belo e coerente. Há uma certa "raiva" da administração no uso de um espaço tão nobre e feito por uma elite do passado então descem o nível ao máximo para se aproximar do povo, justamente o desprezando. Como se ao povo uma montagem lixo já fosse suficiente. Ou seja, em vez de caprichar ao máximo e facilitar o acesso de todos, nivela por baixo, afinal, não são assim todos os teatros do país? Na realidade, os únicos baixo nível são eles mesmos, os administradores.

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Assisti ao espetáculo de estreia da ópera, no dia 31 de outubro. A ópera é lindíssima e, do ponto de vista musical, foi excelente. Os solistas foram muito bem, sobretudo a soprano Marigona Qerkezi, que atuou como Lady Macbeth; sua voz é muito bonita, potente e ela venceu com grande categoria todos os desafios do papel, inclusive a difícil ária do sonambulismo. Dos demais cantores, saliento a ótima atuação de Savio Sperandio como Banquo. A meu ver, o grande senão da ópera foi a montagem. Cenários minimalistas não me desagradam, mas os desta versão são em tons muito escuros e mal iluminados. O que mais me incomodou, entretanto, foram os dois vídeos apresentados durante as trocas de cenário. Totalmente sem contexto com a ópera e de mau gosto; sobretudo o intérprete de Macbeth sair do teatro e receber um saco de pipocas na escadaria não teve o menor sentido. Interromper uma apresentação dramática com esse tipo de intervenção não fez o menor nexo. Os protestos do público contrário a esses vídeos e as manifestações dos que reprovaram as atitudes de desagrado foram algo que eu nunca havia visto no Teatro Municipal. Assim como aplaudimos os espetáculos, acho que também podemos manifestar nosso desagrado, mas na hora certa e de forma adequada. A meu ver, o melhor teria sido as manifestações e vaias terem ocorrido ao final dos atos e da ópera.

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O que me espanta é um maestro do porte do Roberto Minczuk aceitar uma papagaiada dessas. Não se trata de ser tradicionalista, ou "defensor da grande tradição operística" como lacrou o jornalista da Concerto. Se trata de intervenções que não agregaram nada à narrativa, e pior, confundem, pois quebram a sequência dos fatos. Onde já se viu? Macbeth e Lady Macbeth comendo pipoquinha e sendo românticos? O clima da peça é tenso. Não há espaço para distração. E os elementos toscos que foram colocados em cena? Não agregaram nada, e ainda por cima tiraram toda a sutileza e inteligência da ação. Só uma pessoa muito desprovida de inteligência precisa do auxílio de potes vazios de detergentes para entender que uma pessoa esfregando as mãos está tentando lavá-las. E ainda temos, sangue jorrando do extintor de incêndio, escorpião gigante, boia de piscina, parede de papel alumínio, macarronada, pizza. Sinceramente? Ser moderno e contemporâneo é isso?
As tradições existem não por que são tradições. Mas por que são boas, e atravessam o tempo.
Verdi e Shakespeare, estão sobrevivendo há séculos, não por causa de conservadores e defensores das artes tradicionais. Sobrevivem por que são bons.
Essa agressão logo será esquecida, assim como sua diretora que em nada honra o nome tradicional de sua família de artistas respeitados. Será esquecida, muito em breve.

Como a maioria das ultimas produções do Municipal, se você gosta mesmo de ópera, assista de olhos fechados e curta a música.
O resto é somente um festival de mau gosto e feiura.

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O cenário não era minimalista, era desprezível. O círculo concêntrico direcionado para a platéia ofuscava a vista, inclusive um spot acima dele, isso que estamos na platéia na fila L. Desprezível a inserção de videos para tirar a atenção da musica que poderia ser resolvido com um cenário minimamente decente. Vergonhoso o que estão fazenco com a programação do nosso Municipal. Vão estudar e apresentem coisa mais decente. Orquestra, coro e cantores excelentes.

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