Um disco da New York Youth Symphony foi o vencedor da categoria melhor álbum orquestral clássico no 65º Grammy, principal prêmio da indústria fonográfica. A gravação é composta por obras de compositoras negras norte-americanas, com a pianista Valerie Coleman e o maestro Michael Repper.
De Florence Price, eles tocam Ethiopia’s Shadow in America e a versão original do Concerto para piano em um movimento. De Valerie Coleman, Umoja: Anthem of Unity; e, de Jessie Montgomery, Soul Forte, para piano e orquestra.
O álbum, do selo Avie, concorria com CD da Universidade de Michigan com obras de John Adams; com a gravação da Filarmônica de Los Angeles e Gustavo Dudamel das três últimas sinfonias de Dvorák; com Stay on It, registro de obra de Julius Eastman; e com o disco The Berlin Concert, com John Williams à frente da Filarmônica de Berlim.
A melhor gravação de ópera foi Fire Shut Up in My Bones, de Terrence Blanchard, apresentada no Metropolitan Opera House de Nova York. O elenco contou com artistas como Angel Blue, Will Liverman e Latonia Moore. A ópera é baseada em livro do escritor e jornalista Charles Blow, que narra a história de um jovem negro que cresce em meio à pobreza e a abusos familiares. A obra estreou em 2019 e abriu a temporada do Metropolitan em 2021, sob direção de Yannick Nézet-Séguin.
O maestro Nézet-Séguin também venceu o Grammy de melhor álbum solo vocal, agora como pianista, acompanhando a soprano Renée Fleming em Voice of Nature: The Anthropocene. No CD, a soprano reflete sobre a a natureza por meio de canções de Kevin Putts, Nico Muhly, Fauré, Hahn, Liszt e Grieg (selo Decca Classics).
O compositor Kevin Puts foi o vencedor na categoria Melhor Composição Clássica Contemporânea, por Contact, obra estreada pela Orquestra da Filadélfia, pelo trio de cordas Time for Three e pela maestra Xian Zhang. O disco, que tem também obras de Jennifer Higdon, venceu ainda a categoria Melhor Solo Instrumental (selo Deutsche Grammophon).
A melhor performance coral foi do coro The Crossing, no álbum Born, com obras de Eddie Hill e Michael Gilbertson e regência de Donald Nally (selo Navona). Na música de câmara, venceu a colaboração do Quarteto Attacca com a compositora Caroline Shaw em Evergreen (selo Nonesuch). O prêmio de Melhor Coletânea ficou com An Adoption Story, da Orquestra Sinfônica de Londres com obras de Kitty Wakeley.
O Grammy de Melhor Som foi para o álbum Bates: Philharmonia Fantastique, da Sinfônica de Chicago; e a produtora do ano foi Judith Sherman, por discos do Quarteto Tákacs e do pianista Marc-André Hamelin.
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