Com três séries, Sinfônica da USP celebra 50 anos na nova temporada

por Redação CONCERTO 23/02/2025

A Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo comemora um marco importante em 2025: seus 50 anos de atividades. E a programação, dividida em três séries, foi pensada para homenagear o legado do grupo e, ao mesmo tempo, propor caminho para o futuro, à luz de questões de nosso tempo. Além de se apresentar no Centro Cultural Camargo Guarnieri, sua sede, a Osusp, que tem direção artística e regência do maestro Tobias Volkmann, fará ainda dois concertos na Sala São Paulo, na série Concertos matinais.

“O aspecto interessante de uma orquestra universitária é poder se inserir em um contexto de vanguarda e liberdade para pensar, criar, projetar, difundir repertório, sem estar condicionada a uma dinâmica do mercado de cultura”, Volkmann falou em entrevista à Revista CONCERTO quando assumiu. 

A primeira série se chama Esculpir o Tempo e será aberta em março, com dois concertos. No dia 15, Yeni Delgado rege obras de Schumann, Strauss e Farrenc; e, no dia 29, Tobias Volkmann, diretor artístico e regente titular, interpreta Alma e Gustav Mahler, com a soprano Ludmilla Bauerfeldt.

Em abril, a Osusp recebe o maestro Wagner Polistchuk, com obras de Kilza Setti, Paulo Zuben e Dvorak. Em maio, assume a regência Carlos Moreno, que também já ocupou a direção da orquestra – assim como Ligia Amadio, atração em setembro. Moreno vai reger obras de Osvaldo Lacerda, Hercules Gomes, Radamés Gnattali e Villa-Lobos; Ligia comanda programa com peças de Villa-Lobos, Fernando Morais, Ravel e De Falla.

A série Esculpir o Tempo terá ainda a presença de convidados como Javier Logioia Orbe  (Respighi, Mozart e Prokofiev), Ronald Zolmann (Arriaga, Honneger e Haydn), Nicolas Rauss (Saint-Säens, Mendelssohn, Fanny Hensel e Roussel) e Alejandra Urutia (Silvia Berg, Ponce e Elgar), além de solistas como André Micheletti, Olga Kopylova, Fabio Cury e Fabio Zanon.

A segunda série é a Torre do Relógio, com cinco concertos. Volkmann rege em abril, maio e outubro. Mariana Menezes estará à frente da orquestra em agosto e Anderson Alves, em novembro. Há ainda uma terceira série, formada por concertos especiais no segundo semestre. Em setembro, a Osusp vai à Sala São Paulo, com Volkmann, Cassia Carrascoza (diretora da orquestra) e Luciana Sayure.

A apresentação faz parte da programação da Semana Camargo Guarnieri, que nos últimos anos tem celebrado não apenas a música do compositor mas também se tornado um ponto de reflexão sobre a história da composição no país. Ainda pela Semana, Gil Jardim, mais um ex-diretor convidado para participar desse ano de celebração, rege concerto com a violinista Eliane Tokeshi como solista. 

Em novembro, serão duas apresentações: uma com a participação do Coral USP (também na Sala São Paulo) e o grande concerto comemorativo pelos 50 anos. A temporada se encerra em dezembro, com uma apresentação de Natal, em que a orquestra estará no palco ao lado da Orquestra de Câmara da USP.

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O maestro Tobias Volkmann [Divulgação/Fernanda Castro]
O maestro Tobias Volkmann [Divulgação/Fernanda Castro]

 

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