Retrospectiva 2024: Marcelo Lopes, diretor executivo da Fundação Osesp
“A Osesp, ao completar o seu 70º aniversário, solidifica sua imagem como uma instituição de referência no cenário musical. A Temporada 2024 trouxe alguns concertos memoráveis, dentre eles o oratório Paulus de Mendelssohn e um elenco estelar de solistas brasileiros; a Sinfonia nº 2 de Gustav Mahler na comemoração dos 25 anos da Sala São Paulo; e a Missa em si menor de Johann Sebastian Bach, numa leitura emocionante do maestro Leonardo García Alarcón. Esses são apenas alguns dos momentos espetaculares nesse ano que já deixa saudades.
Prova de sua pujança, a lista de nomes internacionais não foi pequena, incluindo Vikingur Ólasson, Paul Lewis, Marc-André Hamelin e Daniel Lozakovich. Músicos brasileiros, como Paulo Szot, Lina Mendes, Cristian Budu, Guido Sant’Anna e Marcelo Lehninger, mostraram que o país tem muito valor.
As mulheres assumem a cada ano maior protagonismo. As regentes Xian Zhang, Elim Chan, Katharina Wincor, Elena Schwarz e Simone Menezes e as obras de Clarice Assad, Silvia Berg, Unsuk Chin, Jessie Montgomery, Valerie Coleman, Lili Boulanger, Anna Clyne e Andrea Pinto-Correia abrilhantaram a temporada, além do bem-sucedido Concurso Compositoras Latino-Americanas.
A nova série Osesp duas e trinta, com concertos às sextas-feiras à tarde, já é a maior audiência da Sala e ajuda na formação de novos públicos, aumentando ainda mais as possibilidades de acesso da população. Ao comemorar seus 30 anos, o Coro da Osesp mostrou sua versatilidade nos programas sinfônicos e a cappella na Sala e também em uma forte agenda de apresentações na capital e no interior do estado.
Thierry Fischer prossegue com seu projeto de desenvolvimento da sonoridade da Osesp. A execução de peças das Escolas de Viena, o Festival Schubert e o Ciclo Brahms, além da continuidade da gravação da integral das sinfonias de Mahler conferem maior robustez técnica e flexibilidade artística à Orquestra.
Por fim, não menos importante, e resultado de tantos anos de trabalho consistente, o reconhecimento do público internacional na turnê foi comovente. O concerto da Osesp na abertura o Festival de Berlim foi um marco na história da música brasileira. Vimos uma orquestra altiva, sabedora do seu lugar no mundo e orgulhosa de representar os melhores valores da cultura nacional.” [Depoimento de dezembro de 2024]
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