O violinista Maxim Vengerov faz nos dias 14 e 15 recitais no Teatro Cultura Artística, ao lado da pianista Polina Osetinskaya. Vengerov é um artista superlativo, com uma discografia na qual estão praticamente todas as grandes obras para seu instrumento, seja em concertos, seja na música de câmara.
Em São Paulo, o programa das duas apresentações será o mesmo e começa com os Três romances para violino e piano de Clara Schumann. Em seguida, será ouvida a Sonata F-A-E. A peça foi idealizada por Schumann: ele, Brahms e Albert Dietrich escreveram um movimento cada. E ao violinista Joseph Joachim coube adivinhar qual parte havia sido escrita por cada compositor – o que ele fez com facilidade ao estrear a peça, acompanhado por Clara Schumann ao piano.
O movimento da F-A-E é uma obra de juventude de Brahms, ao contrário da Sonata para violino e piano nº 3, estreada em 1888, nove anos antes da morte do autor, e que também está no programa. Ela pertence à fase madura do músico e, ao contrário das duas primeiras obras que dedicou ao gênero, é composta em quatro movimentos.
Duas obras de Prokofiev encerram os recitais: Cinco melodias para violino e piano op. 35 bis e Sonata para violino e piano nº 2 op. 94 bis. As melodias foram escritas em 1920, como um ciclo para soprano e piano, mas acabaram rearranjadas para violino pelo próprio compositor que, recém-chegado aos EUA, acreditava que nesse formato as obras poderiam encontrar maior número de intérpretes.
A Sonata nº 2 também é fruto de um momento marcante da biografia de Prokofiev: foi escrita em 1943, quando ele vivia nos Montes Urais, em um remoto abrigo para artistas soviéticos durante a Segunda Guerra. Da mesma forma que as Cinco melodias, a sonata é resultado de um rearranjo feito por Prokofiev, neste caso a partir da sonata para flauta, motivado por um pedido do grande violinista David Oistrakh.
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![O violinista Maxim Vengerov [Divulgação]](/sites/default/files/inline-images/w-vengerov.jpg)
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