Myriam Dauelsberg: que venham novas histórias e melodias

Retrospectiva 2024: Myriam Dauelsberg, presidente da Dellarte  

“A jornada de 2024 começou em março com a pianista Yuja Wang, ovacionada a cada bis por um Theatro Municipal do Rio de Janeiro lotado e perplexo com seu virtuosismo arrebatador. Em abril, Elena Bashkirova e seu Jerusalem Chamber Music Festival Ensemble brindaram o público do Rio de Janeiro e de São Paulo (Teatro B32) com a essência da música de câmara. O tenor russo Ildar Abdrazakov, com sua presença magnética e imponente, iluminou a Sala Cecília Meireles em junho, seguido pelo seu compatriota e gênio pianístico Daniil Trifonov, que retornou ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro em julho para um recital inesquecível. Ainda no mesmo mês, a Orquestra Sinfônica da Colômbia, sob a batuta de Yeruham Scharovsky e com o piano vibrante do jovem Lior Lifshitz, encantou o público carioca.

Agosto trouxe três apresentações sublimes: a mezzo soprano Isabel Leonard emocionou tanto o Theatro Municipal quanto a Sala São Paulo com seu carisma e irreverência; a National Youth Orchestra USA, regida pela brilhante Marin Alsop e com Jean-Yves Thibaudet ao piano, encheu o palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro de energia e talento; enquanto a jovem e brilhante pianista Alexandra Dovgan apresentou no palco do Teatro B32 em São Paulo um recital inesquecível! Já setembro foi marcado pelo início da turnê da Orquestra Sinfônica Mariuccia Iacovino pelo Estado do Rio de Janeiro, assim como pela turnê nacional da Camerata da Orquestra Sinfônica Nacional da China, que passou por Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Petrópolis, tendo a colaboração com músicos locais e tendo a música como fator de união de culturas. Ainda neste mês o Wiener Musikverein Quartett trouxe a tradição vienense ao Brasil, com concertos nas capitais paulista e fluminense. Abrimos novembro com o festival Piano Para Todos que, além de presentear aos cariocas com um palco renovado e sustentável no Parque Garota de Ipanema, apresentou uma programação diversa tendo o piano como elemento central.

Finalmente o ano encerrou com maestria: Joshua Bell encantou o Rio de Janeiro com sua sensibilidade e performance inesquecíveis, e a Companhia Nacional da Ópera de Pequim cativou o público de várias capitais com a sua arte milenar. Uma temporada que reafirmou o poder da música como linguagem universal e nos deixou ansiosos por 2025. Que venham novas histórias e melodias!” [Depoimento de dezembro de 2024]

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