Orquestra Jovem do Estado anuncia temporada 2023 com o tema 'Crepúsculos'

A temporada 2023 da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo terá como tema Crepúsculos. Ao longo do ano, serão realizados nove concertos, com convidados como Emmanuele Baldini, Antonio Meneses, Valentina Peleggi e Roberto Minczuk.

“As obras de compositoras e compositores que serão apresentadas nos convidam a encontrar as imagens e ressonâncias dos crepúsculos. A imagem é a da luz que vai do azul ao escuro ou do escuro ao azul, passando pelos tons de amarelo e vermelho que se percebe entre o ocaso e a noite, mas também entre a noite e o nascer do dia. O arrebol, o lusco-fusco. E a ressonância é o sentido metafórico das imagens dos crepúsculos, que nos puxam um fio de sensação intensa no instante em que algo surge ou que antecede um final”, explica Paulo Zuben, diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina Cultura.

“A ideia de morte e ressurreição aparece, por exemplo, em algumas peças que faremos, como Orpheus, do compositor russo Igor Stravinsky, The Unanswered Question, de Charles Ives, uma pequena obra-prima sobre o inominável mistério da vida, Romeu e Julieta, de Prokofiev e a maravilhosa Noite transfigurada de Schoenberg (que fala do amor que perdoa e transfigura o ser durante a noite escura até a chegada da luz do amanhecer)”, conta Paulo Zuben.

O concerto de abertura, no dia 12 de março, terá Asteroid 4179: Toutatis, de Kaja Saariaho, o Momoprecoce, de Villa-Lobos, com o pianista Marcelo Bratke como solista; e a Sinfonia nº 3 de Aaron Copland. A regência é do diretor musical Claudio Cruz.

Em abril, no dia 16, Roberto Minczuk rege um programa com The Unanswered Question, de Ives, o Adágio para cordas, de Barber, as Danças sinfônicas de West Side Story, de Leonard Bernstein, e Um americano em Paris, de Gershwin.

No dia 14 de maio, Claudio Cruz e Antonio Meneses se unem para interpretar o Concerto para violoncelo nº 2 de Shostakovich e o programa terá ainda a Noite transfigurada, de Schoenberg, e Repercurso, de Paulo Zuben.

Cruz também comanda a apresentação do dia 18 de junho, agora com o violinista Emmanuele Baldini como solista no Concerto para violino de Brahms. Cruz também rege um monumento da música sinfônica, a Sinfonia Alpina de Richard Strauss. 

Ana Beatriz Valente assume a orquestra em agosto, no dia 21. O programa começa com Cantus in Memory of Benjamin Britten, de Arvo Pärt, e segue com Orpheus Comet, de Dobrinka Tabakova, a Suíte Powder her Face, de Thomas Ades, a Abertura brasileira, de Edino Krieger, e a Sinfonia nº 3 de Schumann. 

A mezzo soprano Edineia de Oliveira é a convidada do concerto do dia 10 de setembro. Ela será a solista na Rapsódia para contralto de Brahms e na Sinfonia nº 3 de Mahler, tendo ao seu lado o Coral Jovem do Estado e o Coro Infantil do Guri. A regência é de Cruz. 

Valentina Peleggi rege a orquestra no dia 15 de outubro, quando a solista será a violoncelista Hayoung Choi, vencedora do Prêmio Rainha Elizabeth, que toca o Concerto para violoncelo de Dvorák. O programa tem ainda o Prelúdio sinfônico, de Puccini, e a Suíte Romeu e Julieta, de Prokofiev. 

No dia 12 de novembro, Claudio Cruz rege Orpheus, balé dos anos 1940 de Stravinsky, e no dia 10 de dezembro acontece o concerto de encerramento, com o anúncio dos vencedores do 12º Prêmio Ernani de Almeida Machado; o programa conta com a participação da Sinfônica do Guri e trará a Sinfonia concertante, de Mozart (com Daniel Oliveira, Isaque Elias e Sandra Ribeiro) e as Danças eslavas de Dvorák. Cruz rege.

Todos os concertos acontecem na Sala São Paulo e terão transmissão ao vivo pela internet. 

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