A Orquestra Jovem do Estado lançou hoje, dia 8, sua temporada para 2022. A programação vai celebrar o centenário da Semana de Arte Moderna.
“Comemorar em 2022 os 100 anos da Semana de Arte Moderna é reafirmar os ideais dos artistas daquele período de rompimento com a tradição e, ao mesmo tempo, de celebração da invenção de um novo olhar, uma nova escuta, uma nova compreensão do mundo sensível que o século XX trazia. Mais ainda, é reconhecer o quanto esse ideal continua a fazer sentido hoje, 100 anos depois, quando, por exemplo, “disrupção” é uma das palavras mais usadas para definir o fluxo insanamente dinâmico, transformativo e rizomático do mundo em que vivemos”, explica Paulo Zuben, diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina Cultura.
Segundo ele, “celebrar essa efeméride na programação da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo é não só relembrar o que foram algumas obras desses últimos 100 anos de criação musical, mas também reforçar a ideia de que em um mundo disruptivo e de alcance global, as artes continuam podendo dialogar com pessoas de todas as culturas e lugares do planeta, provocando reflexões relevantes sobre o que queremos ser e sentir hoje e amanhã”.
A temporada começa em fevereiro, com o programa Floresta do Amazonas, em que a obra de Villa-Lobos é acompanhada de projeções de fotos de Sebastião Salgado – o projeto já circulou por diferentes palcos europeus, sob regência de Simone Menezes e com solos de Camila Titinger e as duas estarão também nas apresentações em São Paulo.
Em abril, o regente titular e diretor artístico Claudio Cruz rege um programa com temas de filmes de autores como Alfred Newman, John Williams, Henry Mancini, Hans Zimmer, Monty Norman, Klaus Badelt, Alan Silvestri e Lalo Schifrin.
As Três peças para orquestra, de Alban Berg, são a atração do primeiro concerto de maio, com Claudio Cruz. No segundo, Rodolfo Fischer rege programa com a Peça de concerto para tímpanos e orquestra, de Mauricio Kagel, com solos de Márcia Fernandes, e a Sinfonia nº 5 de Shostakovich.
Em agosto, será realizado um concerto com valsas de autores como Ravel, Francisco Mignone, Sibelius, Tchaikovsky e Johann Strauss. No mês seguinte, o grupo toca In response to the unheard music hidden in the shrubbery, de Tatiana Catanzaro; a Sinfonia concertante para violino, viola e orquestra de Mozart (com Claudio Cruz e Gabriel Marin) e a Sinfonia nº 2 – Uirapuru, de Camargo Guarnieri.
Em outubro, a orquestra toca a Sinfonia nº 9 de Mahler, um dos grandes monumentos do repertório sinfônico. E, em novembro, o Concerto para piano nº 1 de Brahms, com Jonathan Fournel como solista, Escales, Ibert, e a suíte O cavaleiro da rosa, de Strauss. A regência é de Fabio Mechetti.
O concerto de encerramento do ano será em dezembro, com a participação do Coral Jovem do Estado, do Coral Juvenil do Guri e do Coral dos Familiares do Guri. No programa, a estreia mundial de Repercurso, de Paulo Zuben, e a cantata Alexandre Nevsky, de Prokofiev.
Todos os concertos acontecem na Sala São Paulo e ingressos podem ser adquiridos aqui. As apresentações também serão transmitidas pela internet.
Confira aqui a temporada completa da Orquestra Jovem do Estado.
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