Um novo e importante projeto musical faz sua estreia neste sábado, dia 3, na Sala São Paulo: a Orquestra Parassinfônica de São Paulo, a Opesp, grupo formado por músicos com deficiência física.
O projeto nasceu do trabalho do produtor cultural Igor Cayres. Segundo o IBGE, o Brasil tem mais de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. E, se elas ainda são subrepresentadas em empresas, no universo da música o cenário, ele identificou, era ainda mais desanimador.
“Este dia é emblemático para o projeto porque, apesar de a Opesp já estar rodando desde fevereiro deste ano, é a primeira vez que o público vai poder ter contato com os primeiros frutos do trabalho duro que estes musicistas vêm fazendo”, explica Cayres.
“Pela primeira vez na vida estes 33 músicos, sendo 8 com deficiência, tiveram a oportunidade de vivenciar a rotina de uma orquestra sinfônica e agora de subirem ao palco da Sala São Paulo - o mesmo no qual gigantes da música mundial também já pisaram”, completa.
O corpo de professores e coordenadores pedagógicos educacionais da Opesp é composto por nomes como Aida Machado, coordenadora pedagógica do grupo, Joel Gisiger, Davi Graton, Fernando Dissenha, Elizabeth del Grande, Ana Valéria Poles, Nikolay Genov, Romeu Rabelo, Sergio Burgani e Marialbi Trisolo, todos músicos da Osesp, e Marcelo Jaffé e Rogério Wolff.
A apresentação terá regência do maestro Roberto Tibiriçá. “A emoção de participar de um projeto como este é incrível. Cria-se uma oportunidade única de vivenciar a experiência de compor uma orquestra que, pelas condições tradicionais, muito provavelmente não seria possível”, afirma o maestro.
“Tecnicamente os alunos avançaram muito, estão absolutamente dedicados a entregarem o seu melhor. Essa apresentação será uma pequena mostra de peças musicais que anuncia um futuro muito promissor do projeto”, completa.
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