Osesp lança temporada 2023 com ciclos dedicados a Rachmaninov e Ligeti e ao violoncelo

por Redação CONCERTO 29/09/2022

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo anunciou sua temporada 2023. Elaborada pelo diretor artístico Arthur Nestrovski, a programação tem como tema Sem Fronteiras. Ao longo do ano, o grupo fará 32 programas de assinaturas (um a mais com relação a 2022), em um total de cerca de 120 concertos. Com as séries do coro e de música de câmara, o número chega a 150 apresentações. A abertura oficial será em março, com Thierry Fischer regendo a Sinfonia nº 3 de Mahler. 

A temporada terá três grandes ciclos. O primeiro é dedicado a Rachmaninov, nos 150 anos de seu nascimento. O grupo vai tocar, além da Sinfonia nº 2, seus quatro concertos para piano e a Rapsódia sobre um tema de Paganini, com o pianista inglês Stephen Hough, um dos grandes nomes do piano internacional, como solista.

Outro ciclo é dedicado a György Ligeti (centenário de nascimento). Serão cinco obras do compositor. O Concerto para violino (com Agustin Hadelich e Fischer); o Concert Romanesc (com o maestro Kevin John Edusei); Atmospheres (Fischer); Lux Aeterna (Fischer); e o Quarteto de Cordas nº 2 (com as musicistas do Quinteto Osesp, que assumem o protagonismo da série de câmara no lugar do Quarteto Osesp, que fará uma interrupção de um ano em sua programação na Sala São Paulo).

O terceiro ciclo tem como destaque o violoncelo (em 2022, o instrumento escolhido foi o violino). Gautier Capuçon sola no Concerto de Dvorák; Jean-Guihen Queyras toca Tout un monde lontain, de Dutilleux, e faz recital solo; Sheku Khanneh-Mason toca o Schlomo, de Bloch, e faz recital ao lado da irmã, a pianista Isata Khanneh-Mason; Gabriel Martins sola no Concerto nº 1 de Shostakovich (com regência de Alondra de La Parra); Inbal Segev faz a estreia latino-americana de Dance de Anna Clyne; Marina Martins faz recitais com o Quinteto Osesp e o violinista Emmanuele Baldini; Luiz Fernando Ventureli faz a estreia mundial do Concerto de Jorge Villavicencio Grossman.

O compositor Aylton Escobar será homenageado na série Escobar 80, com concertos apresentados por todos os grupos da Fundação Osesp. Na pré-temporada, em fevereiro, Neil Thomson rege Puñal, A rua dos Douradores – Litania da Desesperança, Balada e Salmos elegíacos para Miguel de Unamuno. O Coro da Osesp canta seu Agnus Dei (com Valentina Pellegi). E o Quinteto Osesp estreia uma peça encomendada ao autor.

Além de Escobar, a programação terá outros três compositores visitantes: Esteban Benzecry, Paulo Chagas e Nuno da Rocha. De Benzecry, será feita a estreia de Universos infinitos, com o pianista Sergio Tiempo como solista; de Paulo Chagas, a Osesp toca A hora das coisas, peça para tímpano e orquestra que terá como solista Elizabeth del Grande. Pela parceria com a Fundação Gulbenkian, a Osesp interpreta Inferno, de Nuno Rocha. O Coro da Osesp fará a estreia de um arranjo de Kristoff Silva para Mortal loucura, de José Miguel Wisnik, e de uma peça encomendada a Heinz Holliger

Outros destaques da temporada incluem obras como A danação de Fausto, de Berlioz (Fischer); The unanswered question, de Ives (com Louis Langrée como regente); o Concerto para dois pianos de Poulenc, em programa que tem também A sagração da primavera, de Stravinsky (a regência é de Marc Albrecht); a ópera O castelo do Barba-Azul, de Bartók, com o maestro Richard Armstrong, a mezzo soprano Karen Cargill e o baixo Brindley Sherratt.

Alexander Gavryluk sola no Concerto para piano nº 3 de Prokofiev; Jean-Efflam Bavouzet, no Concerto nº 12 de Mozart; David Robertson rege programa com a Sinfonia pastoral de Brett Dean e a Pastoral de Beethoven e outro com o Concerto para piano de Tippett, com Steven Osborne como solista; José Soares rege Jean-Louis Steuerman nas Bachianas brasileiras nº 3, de Villa-Lobos; Mark Wigglesworth rege a Sinfonia de Réquiem, de Britten. Fabio Martino tocas as Fantasias nº 1, nº 2, nº 3 e nº 4 de Francisco Mignone, com Neil Thomson. E Fischer encerra o ciclo com as sinfonias de Sibelius, iniciado este ano. 

Fechando o ano, a Osesp também reproduz (em dois programas diferentes) o concerto de quase quatro horas de duração em que foram apresentadas, em Bonn, em dezembro de 1808, a Sinfonia nº 6, a ária Ah! Perfido, a Missa em dó maior, a Sinfonia nº 5 e a Fantasia Coral de Beethoven. 

A renovação e venda de assinaturas segue um calendário específico. A renovação sem trocas acontece entre os dias 17 e 30 de outubro e, com trocas, entre os dias 31 de outubro e 6 de novembro. Novas assinaturas fixas podem ser feitas a partir do dia 7 de novembro e novas assinaturas flexíveis, entre 16 de novembro e 29 de dezembro.

Clique aqui para consultar a programação completa.

Leia também
Notícias 
Conservatório de Tatuí lança Concurso Joaquina Lapinha para cantores negros, pardos e indígenas
Notícias Mostra em São Paulo tem manuscritos de Mozart, Beethoven, Carlos Gomes e outros autores
Jorge Coli Bruno de Sá: quebrando preconceitos

Thierry Fischer durante concerto na Sala São Paulo [Divulgação/Laura Manfredini]
Thierry Fischer durante concerto na Sala São Paulo [Divulgação/Laura Manfredini]

 

Curtir

Comentários

Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da Revista CONCERTO.

É preciso estar logado para comentar. Clique aqui para fazer seu login gratuito.