Paulo Zuben: um 2024 de expansão e marcos históricos 

Retrospectiva 2024: Paulo Zuben, diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina Cultura 

“2024 foi de transformações significativas e celebrações para a Santa Marcelina Cultura, reafirmando nosso compromisso com a excelência artística e a inclusão social por meio da música. O Guri ampliou suas atividades com o lançamento do programa Guri nas Escolas, integrando prática musical ao currículo escolar e impactando o aprendizado de milhares de estudantes no estado de São Paulo. Esse avanço foi impulsionado pela assinatura de um Acordo de Cooperação entre Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, Fundação Itaú e Santa Marcelina Cultura, visando mensurar o impacto da música no desenvolvimento acadêmico de crianças e adolescentes. 

A Emesp Tom Jobim celebrou 35 anos como uma escola de formação musical de excelência, promovendo aulas, workshops, intercâmbios, festivais, shows e concertos que reafirmaram sua contribuição para o cenário artístico brasileiro. A cerimônia de comemoração anunciou os ganhadores do 13º Prêmio Ernani de Almeida Machado, maior premiação do Brasil para jovens instrumentistas, em concerto que a Orquestra Jovem do Estado apresentou a Sinfonia nº 9, de Beethoven. Durante o ano, o grupo executou diversas peças emblemáticas do repertório sinfônico, como a Sinfonia Alpina, de Strauss, e A sagração da primavera, de Stravinsky. 

O Coral Jovem do Estado gravou seu primeiro CD, intitulado Todas as Vidas, com repertório de músicas e arranjos feitos especialmente para o grupo. Dentre as composições, obras de Tiganá Santana, Clarice Assad e André Mehmari. Outro marco de 2024 foi o 10º aniversário do programa Hospitais Musicais, que forma estudantes para levar música a ambientes hospitalares, humanizando a rotina de pacientes e profissionais da saúde. 

O Theatro São Pedro teve uma temporada artística memorável, com doze títulos de ópera que uniram tradição e inovação, além de espetáculos que consolidaram o espaço como referência em música de câmara e sinfônica. Entre as montagens podemos destacar O conde de Ory, de Rossini, encenada pela primeira vez no Brasil, além de Turandot, de Busoni, e Gianni Schicchi, de Puccini, realizadas no centenário de morte dos compositores italianos.  

Olhando para o futuro, 2025 será um ano ainda mais especial, com as celebrações dos 30 anos do Guri, o maior programa de educação musical do Brasil. Este marco histórico será uma oportunidade para renovar nosso compromisso com a democratização da música, celebrando três décadas de transformação social e impacto cultural. 

No Theatro São Pedro serão produzidas óperas como Fidelio, de Beethoven, Oposicantos, de Flo Menezes, Falstaff, de Verdi, e Orfeu no inferno, de Offenbach, além de títulos inéditos promovidos pelo Atelier de Composição Lírica e montagens da Academia de Ópera. Também ressaltamos a Mostra Internacional de Cinema e Música que será realizada em parceria com o Instituto Goethe e a Cinemateca Brasileira. 

Por fim, será o ano de celebrar as relações Brasil e França. Nossa temporada integrará as comemorações oficiais e homenageará a data com concertos da Orquestra Jovem do Estado, Orquestra Jovem do Theatro São Pedro e Orquestras Sinfônicas do Guri, construindo uma ponte cultural entre os dois países.” [Depoimento de dezembro de 2024]

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