A Orquestra Sinfônica Municipal faz concerto nos dias 26 e 27 no Theatro Municipal de São Paulo sob regência de seu maestro titular Roberto Minczuk.
O grupo vai interpretar a Sinfonia nº 10 de Shostakovich, compositor a que Minczuk tem se dedicado com destaque em seu período à frente da orquestra.
A peça estreou em 1953 e é um dos pontos de parada obrigatórios na obra do compositor, escrita após a morte de Stálin.
“É, sem dúvida alguma, um monumento aos cinquenta milhões de vítimas da loucura stalinista”, escreve Lauro Machado Coelho em sua biografia do compositor (Perspectiva), chamando atenção também para o otimismo ambíguo com que a sinfonia se encerra. “Se seu final é tão inconclusivo, é porque, embutida na sensação de lhe ter sido tirado um peso das costas, havia, certamente, no espírito do compositor, preocupantes indagações sobre o futuro”, escreve o autor.
A recepção à peça foi mista. Ainda assim, a Sinfonia nº 10 segue como central na criação de Shostakovich. Completa Machado Coelho: “A Décima tornou-se a primeira obra a refletir com profundeza a passagem do inverno stalinista para as incertezas do degelo”.
O programa é completado por uma peça escolhida pelos assinantes: o Concerto para piano nº 1 de Tchaikovsky, que terá a pianista Olga Kern como solista.
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