São Paulo Chamber Soloists realiza festival no Teatro Cultura Artística

por Redação CONCERTO 14/10/2024

Começa nesta segunda, 14, o festival da São Paulo Chamber Soloists, conjunto de música de câmara que, a partir deste ano, realiza uma residência no Teatro Cultura Artística. O evento (que tem datas também nos dias 18, 19 e 20) terá obras de autores brasileiros e vai contar com atividades pedagógicas com 24 bolsistas convidados.

O concerto de abertura tem obras de Paloma Pitaya, Silvia Goes, Lea Freire, Bach e Felipe Senna. Já o encerramento terá a estreia mundial do Concerto duplo para piano, percussão e cordas, de André Mehmari, além de peças de Jessica Meyer e Glazunov.

“Durante uma semana, vamos receber 24 alunos bolsistas de todo o Brasil. Vamos ter aulas e muita música de câmara com eles e os integrantes da São Paulo Chamber Soloists. No concerto de abertura, faremos a estreia de um baião da jovem compositora brasileira Paloma Pitaya e tocaremos as Quatro estações brasileiras, compostas por Léa Freire, Alexandre Guerra, Felipe Senna e Silvia Goes. Já no encerramento, vamos estrear a obra de André Mehmari, com o próprio André ao piano, e Rubén Zúñiga será o percussionista”, explica Alejandro Aldana, criador do grupo ao lado do violinista Matthew Thorpe. 

O grupo surgiu durante a pandemia. “Convergimos nesse ideal com um grupo incrível de artistas. A formação básica tem 14 músicos, e todos demonstram a mesma garra, a mesma vontade, puxando para o mesmo lado e entendendo que não somos uma orquestra de cachê, que se junta de vez em quando, faz um concerto, tenta tocar bem, depois se separa. Nossa proposta é a de realizar música de câmara com a maior qualidade. E isso tem ecoado com os artistas”, conta Aldana em entrevista publicada na edição de outubro da Revista CONCERTO [leia aqui; acesso exclusivo para assinantes].

“Na São Paulo Chamber Soloists, toda ideia é bem-vinda, e os 14 integrantes formam uma rede em que cada um traz sua experiência, suas percepções, suas relações com repertório. Eu sou o spalla e, nessa posição, procuro organizar as ideias, sem jamais impor nada. Nosso ambiente de trabalho é saudável justamente porque todos escutam todos e criam um espaço conjunto em que importa o bem do grupo. Ouvir o outro é um aprendizado enorme. Em orquestras, muitas vezes há artistas que não se sentem à vontade para falar, têm medo. Aqui, você pode falar, será ouvido, e poderá escutar o outro. Aprender a ouvir é um desafio. Mas a música de câmara, no fim das contas, é exatamente sobre isso.”

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Integrantes da São Paulo Chamber Soloists [Divulgação]
Integrantes da São Paulo Chamber Soloists [Divulgação]

 

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