O Theatro Municipal de São Paulo abre sua programação de maio com uma nova produção da ópera Don Giovanni, de Mozart, que integra a chamada Trilogia Da Ponte. A concepção cênica é do ator, dramaturgo e diretor Hugo Possolo e a direção musical e regência, de Roberto Minczuk, à frente da Orquestra Sinfônica Municipal e do Coro Lírico Municipal.
Dois elencos vão se revezar ao longo da temporada, que vai do dia 2 ao dia 10 de maio. Nos dias 2, 4, 7 e 10, o elenco será composto por Hernán Iturralde (Don Giovanni), Camila Provenzale (Donna Anna), Anibal Mancini (Don Ottavio), Luisa Francesconi (Donna Elvira), Michel de Souza (Leporello), Carla Cottini (Zerlina), Savio Sperandio (Comendador) e Fellipe Oliveira (Masetto). Já nos dias 3, 6 e 9, os intérpretes serão Homero Velho, Ludmilla Bauerfeldt, Jabez Lima, Monique Galvão, Saulo Javan, Raquel Paulin, Sérgio Righini e Rogério Nunes.
Em sua produção, o diretor Hugo Possolo pretende ressaltar o aspecto da comédia da obra, buscando um diálogo com Moilère, que no século XVII escreveu sobre o personagem Don Juan.
“Molière é fundamental para essa e todas as suas versões. Ele próprio já é crítico à postura do protagonista. Em Da Ponte e Mozart acaba sendo um pouco mais controverso. Mas uma abordagem com o humor do Molière foi o que mais me interessou. É um retorno à origem”, explica o diretor.
“A palavra ópera quer dizer uma obra que reúne várias linguagens, como drama e música, além de abrir espaço para outras linguagens da arte cênica como circo. Foi muito natural trazer esses elementos festivos e de espetacularidade que combinam com o espírito da criação de Mozart. A dupla Don Giovanni e Leporello tem a ver com as duplas cômicas, que permite uma linguagem popular mais acessível”, pontua.
A obra contará com trechos recitativos em português. O diretor explica que essa decisão foi tomada a partir de uma abordagem que já foi feita em ópera de diversas línguas e em várias montagens ao redor do mundo. “Optamos por um diálogo direto e teatral. Como venho do teatro popular, essa linguagem mais direta pode deixar a história mais evidente para o público. A ópera não é elitista, tem que ser para todos.”
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![Cena da produção de 'Don Giovanni' no Theatro Municipal de São Paulo [Divulgação/Larissa Paz]](/sites/default/files/inline-images/w-6E7A2820.LARISSA%20PAZ.jpg)
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