Música de Tchaikovsky é destaque da edição de maio da Revista CONCERTO

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A música de Tchaikovsky é o destaque da edição de maio da Revista CONCERTO. Neste mês, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo inicia o ciclo das sinfonias do compositor na Sala São Paulo e o Theatro Municipal do Rio de Janeiro apresenta o balé O lago dos cisnes. E, às duas iniciativas, se soma uma variedade de apresentações em todo o país, oportunidade para relembrar como, entre intensidade e lirismo, sua produção se tornou símbolo da cultura russa e pilar do repertório de músicos de todo o mundo.

Na seção Em Conversa, a jornalista Ana Cursino Guariglia entrevistou o percussionista Colin Currie, um dos mais destacados músicos da cena internacional. Em maio, ele faz apresentações com a Osesp e com músicos da Academia da Osesp e da Orquestra Jovem do Estado e falou sobre sua relação com a criação contemporânea, marcante no repertório de sua nova passagem pelo Brasil.

"Não há regra que determine que, se você gosta de uma coisa, não pode gostar de outra. Conceitos desse tipo têm soado cada vez mais fora de moda. Ser obrigado a escolher é terrível, nunca gostei disso. Hoje, mais que nunca, isso se tornou um posicionamento dogmático antiquado, mais condizente com uma velha igreja da música da qual não faço parte", diz ele sobre sua relação com o repertório.

A ligação de Mozart com as ideias do Iluminismo é o tema da seção Repertório, na qual João Luiz Sampaio escreve sobre as óperas As bodas de Fígaro e Don Giovanni, que ganham, em maio, produções no Festival Amazonas de Ópera e no Theatro Municipal de São Paulo.

"Pela qualidade de texto e música e pela relação simbiótica que os dois elementos mantêm,  a Trilogia da Ponte, escrita por Mozart a partir de libretos do frade italiano Lorenzo da Ponte, é um dos pontos mais altos não só da criação operística, mas da arte ocidental. As três óperas que a compõem, no entanto, possuem particularidades que as distinguem em meio ao ciclo. Se Cosi fan tutte é um retrato intimista de uma visão a respeito das relações humanas, As bodas de Fígaro (que será encenada neste mês no Festival Amazonas de Ópera) e Don Giovanni (atração do Theatro Municipal de São Paulo) oferecem olhares distintos sobre como Mozart se relacionou com seu tempo e, mais especificamente, com o Iluminismo", escreve.

Também em maio, o maestro e compositor brasileiro João Rocha comanda a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre em concerto no qual fará a estreia mundial de uma abertura inspirada na obra do escritor Érico Verissimo. Sobre a peça, e sobre sua trajetória, ele conversou com a jornalista Amanda Queirós. “O maestro é um embaixador das artes e potencial multiplicador. Se a gente não arregaçar as mangas e tiver quem se responsabilize pela formação de nosso próprio mercado, não sei o que vai acontecer", diz ele.

Luciana Medeiros conta, na seção Especial, a história da Orquestra Sinfônica do Paraná, que completa 40 anos e celebra com um concerto no Teatro Guaíra no qual vai interpretar a Sinfonia nº 2 – Ressurreição, de Mahler, sob regência de Roberto Tibiriçá. “Serão duzentos músicos em cena, na performance dessa obra icônica que simboliza a força de ressurgir, reinventar, renovar”, conta o maestro.

Na seção Fermata, a diretora teatral Ines Bushatsky fala sobre sua formação, sua relação com a ópera e sobre a produção de O barbeiro de Sevilha, de Paisiello, que ela dirige no Theatro São Pedro de São Paulo. “Eu amo que ópera é muito analógica. É o que me apaixona. Se não tem a orquestra ali, não tem os cantores, não acontece. E é muito artesanal. Você se senta para assistir e ouvir e se sente parte de um tempo histórico. Assim como estou aqui ouvindo isso, tantas outras pessoas estiveram e ainda estarão. Eu digo que a ópera é o lugar que me permite sonhar. Claro, no teatro eu também sonho, mas é diferente.” 

A CONCERTO de maio traz ainda as principais notícias do mundo musical e os artigos dos colunistas Júlio Medaglia (sobre a pianista Vera Astrachan), Camila Fresca (sobre música e inteligência artificial), João Marcos Coelho (sobre duos para violino de Bartók e Berio) e Jorge Coli (sobre a ópera Wozzeck, de Alban Berg). 

Na nova edição, você também encontra o Roteiro Musical ilustrado com a programação clássica das principais cidades do país e os principais lançamentos de CDs do mês.

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