Theatro São Pedro apresenta óperas do primeiro Atelier de Composição

O Theatro São Pedro apresenta nos dias 20, 21, 22 e 23 o resultado de seu primeiro Atelier de Composição Lírica, realizado ao longo do último ano. O espetáculo terá a estreia de três óperas curtas. O presidento, de Gabriel Xavier e Lara Duarte; A fome dos cães, de William Lentz e Carina Murias; e EnTre(CAcOS), de Marina Figueira e Isabela Rossi. A direção musical é de Leonardo Labrada, à frente da Orquestra do Theatro São Pedro, e a direção cênica, de Alexandre dal Farra.

O atelier nasceu com o objetivo de estimular a criação de novas obras. Por meio de um edital, foram selecionados três compositores e três libretistas. Em composição, os selecionados trabalharam sob a orientação de Flo Menezes. Em criação de texto e libreto, a supervisão ficou por conta de João Luiz Sampaio (editor-executivo da Revista CONCERTO e autor do libreto de Três minutos de sol, de Leonardo Martinelli, atração da edição on-line do Festival Amazonas de Ópera, em 2021) e Alexandre dal Farra (que dirigiu no Theatro São Pedro, no ano passado e neste, duas criações de Kurt Weill a partir de textos de Bertolt Brecht: Os sete pecados capitais e A ópera dos três vinténs).

Os alunos do programa também tiveram encontros com os três cantores solistas que participam do espetáculo – Manuela Freua, soprano; Laiana Oliveira, mezzo soprano; e Marcelo Ferreira, barítono – para discutir questões específicas da escrita vocal. Reuniões do mesmo tipo também tiveram lugar com músicos da Orquestra do Theatro São Pedro, abordando temas da técnica de cada instrumento. Houve ainda palestras das convidadas Livia Sabag (relação do texto com a encenação) e Ligiana Costa (história do libreto).

“As três histórias, de certa maneira, refletiram muito um olhar do mundo contemporâneo. Criaram um tríptico. Formam um conjunto. Não são três atos de uma mesma obra, não é uma construção linear, mas elas dialogam fortemente”, conta Paulo Zuben, diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina Cultura e idealizador do projeto, em entrevista a Irineu Franco Perpetuo publicada na edição de outubro da Revista CONCERTO.

“Nossa experiência estética precisa estar em sintonia com os sons do presente, as palavras do presente e suas organizações no presente. Esse embate com o presente é que vai definir nossa maneira de construir o que queremos ser como sociedade”, completa. 

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