Estudo aponta que o PIB da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas corresponde a 3,11% do Produto Interno Bruto do país; índice supera o PIB da indústria automobilística, igual a 2,5%
Em uma cerimônia que reuniu importantes autoridades, dirigentes e líderes da área cultural de todo o Brasil, o Itaú Cultural apresentou nesta segunda-feira, dia 10 de abril, em sua sede na Avenida Paulista, os resultados de um estudo que calculou o PIB da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas. A pesquisa é uma iniciativa do Observatório Itaú Cultural, idealizado por Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú. A metodologia foi desenvolvida por um grupo de pesquisadores, brasileiros e estrangeiros, liderado por Leandro Valiati, professor e pesquisador da University of Manchester, no Reino Unido, e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Participaram da apresentação do PIB das indústrias criativas, que teve como mestre de cerimônias o ator Odilon Wagner, as seguintes personalidades: Eduardo Saron (presidente da Fundação Itaú), Marília Marton (secretária da Cultura e Economia Criativa do estado de São Paulo), Aline Torres (secretária de Cultura da cidade de São Paulo), Marcelo Queiroz (presidente da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados), Fabricio Noronha (secretário da Cultura do Espírito Santo e presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura), Fabiano Piúba (Secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC), Cassius Antonio da Rosa (secretário executivo adjunto do Minc) e Leandro Valiati (coordenador do Núcleo de Estudos em Economia Criativa e da Cultura da UFRGS e professor da Universidade de Manchester, no Reino Unido).
Todas os participantes foram unânimes quanto à importância de dimensionar o potencial econômico do setor para a partir daí estabelecer políticas públicas para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. O estudo considerou dados dos seguintes segmentos criativos: atividades artesanais; moda; editorial; cinema, rádio e TV; música; arquitetura; tecnologia da informação, desenvolvimento da softwares e jogos digitais; publicidade e serviços empresariais; design, artes cênicas, artes visuais (incluindo fotografia); museus e patrimônio.
A pesquisa levou aos seguintes resultados: o Brasil tem cerca de 7,4 milhões de trabalhadores da economia criativa (7% do total), mais de 130 mil empresas criativas (3,25% do total) e realizou cerca de US$ 3,5 bilhões de exportações liquidas de bens criativos (2,4% do total). Conforme a conclusão do estudo, o PIB da Economia da Cultura e da Indústria Criativa corresponde a 3,11% do PIB nacional, movimentando um montante de R$ 232 bilhões por ano (dados relativos ao ano de 2020). A participação da economia criativa na economia nacional é expressiva, como demonstra a comparação com o setor automotivo, que contribui com 2,5% do PIB, e o da construção, com 4,06%.
Mais informações podem ser obtidas na revista do Observatório Itaú Cultural (clique aqui para acessar).
[Notícia editada em 13/04/2023 para deixar claro que a economia da Cultura pertence mas não corresponde sozinha à indústria criativa.]
É preciso estar logado para comentar. Clique aqui para fazer seu login gratuito.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da Revista CONCERTO.