Será exigido passaporte de vacina e a lotação máxima não ultrapassa 25% das poltronas
Fechado para o público na sexta-feira, dia 13 de março de 2020 – o recital da soprano norte-americana Sondra Radvanovsky estava marcado para aquela mesma noite –, o Municipal do Rio sai nessa quinta, dia 28, de seu isolamento pandêmico com uma minitemporada de balé com entrada gratuita.
Ainda econômico na programação – só foram anunciadas as récitas do balé, de 28 a 31 de outubro, e foi agendado um concerto de câmara para o dia 6 de novembro, igualmente gratuito. “Esperamos reabrir com lotação máxima”, diz a presidente do TMRJ, Clara Paulino.
O retorno do público à plateia do teatro centenário se dá quando o número de vacinados com as duas doses no estado do Rio de Janeiro já alcançou 50% da população. Será exigido o passaporte de vacinação para entrada e os ingressos disponíveis somam cerca de um quarto da ocupação total.
Na programação do balé, que reúne o corpo de baile e alunas da Escola de Dança Maria Olenewa, estão trechos de Paquita, coreografia de Marius Petipa – um dos mais clássicos do repertório tradicional –, e a Noite de Walpurgis, da ópera Fausto, de Gounod, coreografia de Leonid Lavrovsky.
É significativo que a reabertura aconteça com o balé da casa. Dos corpos artísticos do teatro carioca, o balé é, provavelmente, o que mais sofreu com a pandemia, na medida em que exige contato físico entre os artistas em ensaios e apresentações; já vinha, também, há pelo menos uma década, sendo gravemente esvaziado de bailarinos permanentes e lançando mão de contratos temporários. O último concurso aconteceu em 2013, com pouquíssimas vagas para orquestra, coro e balé. Não há perspectiva de novos concursos, principalmente em função da Lei de Responsabilidade Fiscal.
O segundo programa traz orquestra de câmara e está previsto para o dia 6 de novembro, com o Noneto de Louise Farrenc, para quarteto de cordas e quinteto de sopros, escrito em 1849, e a Sinfonia n° 6, Le Matin, de Haydn, de 1761, para a mesma formação, acrescida de cravo.
Os eventos serão apenas presenciais, sem transmissão ou gravação. Mas a presidente do Theatro acredita que o formato híbrido vai ser predominante daqui para a frente. “Durante a pandemia, aprendemos a utilizar novas ferramentas de interação com o público, visando sempre a democratização de acesso”, diz Clara Paulino. “Dessa forma, permaneceremos divulgando atrações on-line conjugadas à programação presencial.”
Ainda não há programação para 2022 nem informações sobre a reabertura da agenda para eventos externos.
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