A Orquestra Neojiba dá a largada hoje, dia 7, em Salvador, de sua nova turnê, que vai passar por sete países da Europa a partir do dia 12. Durante a viagem, o grupo fará concertos na Itália, Dinamarca, Antuérpia, Bélgica, Holanda, França e Portugal. Entre as salas que o grupo visitará estão a Philarmonie de Paris e o Concertgebouw de Amsterdã.
O programa de hoje no Teatro Castro Alves é o mesmo que será tocado ao longo da turnê, com o Concerto para piano nº 3 de Beethoven, a abertura de O Guarani, de Carlos Gomes, as Bachianas brasileiras nº 4 de Villa-Lobos e uma estreia: Kamarámusik, obra concertante para berimbau, percussão e orquestra, de Jamberê Cerqueira, que terá como solista o percussionista e capoeirista baiano Raysson Lima, que está no Neojiba há nove anos.
“Estamos imaginando o efeito que vai causar o berimbau aparecer como instrumento solista numa obra erudita, bem escrita. Berimbau com Beethoven, dois Bs dialogando, é um pouco daquilo que a gente precisa levar, da identidade do Brasil, da imensa capacidade que temos de diversidade e de comunhão nessa diversidade. Diversidade existe em qualquer lugar, mas em geral é guerra. Apesar de todas as dificuldades, o Brasil, como nação, tem uma mensagem de paz a defender no planeta, mostrando sua diversidade e sua capacidade de comunhão”, disse o maestro e pianista Ricardo Castro em entrevista a Irineu Franco Perpetuo, publicada na edição de setembro da Revista CONCERTO.
No concerto em Salvador, a solista será a jovem pianista germano-suíça Manoush Toth, de 16 anos, aluna de Castro na Suíça. Na turnê, apresenta-se com o grupo a pianista Maria João Pires.
“O que nós procuramos é mostrar horizontes, quebrar as correntes que aprisionam a nossa juventude em uma situação de precariedade, que impedem que ela possa se desenvolver. As turnês permitem que eles possam ter um olhar mais universal do que é o mundo, das possibilidades. Prova disso é que, pela primeira vez, a Bahia tem dezenas de representantes no mundo da música espalhados por três continentes, o europeu, o norte-americano e o nosso. Isso incentiva que mais e mais jovens comecem a sonhar alto em suas vidas”, diz Castro.
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