A Osesp apresenta nos concertos desta e da próxima semana as quatro Fantasias brasileiras para piano e orquestra de Francisco Mignone. A regência é de Giancarlo Guerrero, os solos, de Fabio Martino – e as obras serão gravadas para a coleção A Música do Brasil, do selo Naxos.
Hoje, amanhã e sábado, serão apresentadas as fantasias nº 1 e nº 2, além da Burlesca e Toccata; e, na próxima semana, as fantasias nº 3 e nº 4. “As quatro peças têm menos de vinte minutos cada e foram escritas num período de sete anos, a partir de 1929 – momento em que, retornando ao Brasil após um longo período de estudos na Europa, o compositor estava sob forte influência das ideias de Mário de Andrade e buscava a construção de uma música nacional mergulhando nas fontes populares”, afirma Camila Fresca em texto publicado na edição de agosto da Revista CONCERTO.
Sobre as peças, Fabio Martino afirma achar interessantes “os elementos de composição que Mignone utiliza, que, para a época, foram bastante modernos”. “Nunca perdemos o fio que percorre a obra. Mesmo quando acordes atonais, clusters ou dissonâncias aparecem, o ouvinte sente-se guiado pela música, como se percorresse o caminho de mãos dadas com o compositor o tempo todo.”
“Se eu tivesse que descrever as fantasias em poucas palavras, algo difícil para uma música tão rica, diria que a primeira é bastante vigorosa, com destaque para a linda cadência do piano; a segunda é de uma doçura especial, com diálogos evidentes entre piano e violino spalla; a terceira se caracteriza por ritmos fortes e penetrantes; e a quarta é de um saudosismo brasileiro marcante. Em todas identificamos ritmos bem sincopados, uma marca na música de Mignone”, completa o pianista.
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