Festival do Espírito Santo apresenta recitais de canto e piano e violão e flauta

por Redação CONCERTO 20/11/2025

A programação do Festival de Música Erudita do Espírito Santo continua nesta semana, com apresentações na sexta e no sábado na Casa da Música Sonia Cabral, em Vitória, com transmissão ao vivo pelo YouTube.

Na sexta, a atração é um recital da mezzo soprano Denise de Freitas com o pianista Fabio Bezutti – a abertura, como acontece em todos as apresentações da série de música de câmara, com curadoria de Yara Caznok, será com o pianista Willian Lizardo, com obras de Bach.

Denise de Freitas e Bezutti vão apresentar, então, obras de Henrique de Curitiba, Villa-Lobos, Mel Bonis, Florence Price, Berlioz Nuits, Schumann, Kurt Weill Yukali, Guerra-Peixe e Altino Pimenta. 

“Nas canções do programa, o piano não é apenas um acompanhador – ele instaura um ambiente no qual voz e instrumento, reforçando-se mutuamente, permutam seus papéis e se fundem: são música e palavra conjuntamente”, escreve Caznok sobre o programa.

No sábado, a atração é um recital com o violonista e maestro Belquior Guerrero e o flautista Danilo Kern. Lizardo faz mais uma vez a abertura, agora com peças de Beethoven (Variações Diabelli Op. 120: Tema e Variação 1) e Cacilda Borges Barbosa (Estudos Brasileiros – nº 1).

“A abertura traz questões que acompanharão nosso percurso neste concerto. Criadores/as, intérpretes e espectadores/as, somos todos ouvintes da história e do futuro, e contamos com nossa memória e imaginação coletivas e/ou pessoais para nos situarmos no mundo e nele interferirmos”, escreve Caznok. 

“Beethoven, a partir de Diabelli, desafia-nos com a transformação de uma valsa – emblema da cultura vienense da época – em uma marcha. Barbosa nos instiga a transpor para o piano a memória afetiva que temos pela flauta e pelo violão, com texturas que aludem às escritas idiomáticas desses instrumentos.  Se criadores/as exercem sua liberdade em transcrições, citações, paráfrases, colagens e arranjos, até que ponto poderia o/a ouvinte recriar e/ou cocriar uma obra? A maleabilidade da escuta criativa teria um limite?”

O programa segue, então, com obras de Jocy de Oliveira, Diabelli, Villa-Lobos, Ricardo Tacuchian, Leo Brower, Alexandre Eisenberg e Gabriela Ortiz.


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