João Guilherme Ripper assume curadoria artística da Orquestra Sinfônica Brasileira

A Orquestra Sinfônica Brasileira anunciou hoje, dia 7, uma mudança significativa em sua estrutura artística: o compositor e gestor carioca João Guilherme Ripper passa a assinar a nova posição de curador artístico. Ripper, que já esteve à frente da Sala Cecília Meireles e da Fundação Theatro Musical do Rio de Janeiro, já começou a estruturar a temporada 2026.

É a primeira vez que Ripper assina a curadoria de uma orquestra sinfônica, mas já viveu a experiência de programação de diversas maneiras: compondo, regendo e dirigindo o Municipal, com seus corpos artísticos. “Eu programei concertos da OSB entre 2004 e 2010, quando a orquestra integrava a programação oficial da Sala, como os ciclos comemorativos aos 40 anos da Sala em 2005 e aos 200 anos da chegada da família real portuguesa ao Brasil em 2008. Os concertos incluíam obras que encomendei a Edino Krieger, Ronaldo Miranda, Marisa Rezende, Tim Rescala, Ernani Aguiar e ao português Eurico Carrapatoso, entre outros”, lembra Ripper.

Comemorando 85 anos em 2025, a OSB continua tendo Nikolay Sapoundjiev como diretor artístico. No ano que vem, Ripper adianta que haverá uma aproximação mais intensa com a música brasileira – e a realização de um concurso para compositores. “A OSB tem o compositor José Siqueira como um de seus idealizadores. Um de meus objetivos como curador da OSB é resgatar a parte seu DNA que vem da música brasileira. Isso inclui a promoção dos novos compositores através de um concurso de composição.” 

O compositor continua muito ativo: a ópera La vorágine, que estreou em fevereiro no Teatro Colón de Bogotá, será apresentada nos dias 15, 17 e 19 de abril no 26º Festival Amazonas de Ópera, no Teatro Amazonas, com direção cênica de Pedro Salazar e direção musical de Luiz Fernando Malheiro. Em outubro, a ópera infanto-juvenil Candinho, sobre a infância do pintor Cândido Portinari, sobe ao palco do Theatro São Pedro de São Paulo. E o ciclo Cinco poemas de Vinicius de Moraes será apresentado em maio pela Greenville Symphony, com a soprano Tess Altiveros e a regência de Lee Mills.

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