Orquestra Jovem do Estado apresenta terceira sinfonia de Gustav Mahler

por Redação CONCERTO 04/09/2023

A Orquestra Jovem do Estado apresenta no dia 10, na Sala São Paulo, a Sinfonia nº 3 de Mahler, sob regência de Claudio Cruz e com solos da mezzo soprano Edinéia Oliveira. Também participam o Coral Jovem do Estado e o Coro Infantil do Guri.

Escrita entre 1895 e 1896, a sinfonia é uma das criações mais ambiciosas de Mahler, que ofereceu, em um primeiro momento, um programa para a partitura. Nele, cada um dos sete movimentos originais (na versão final, restariam seis) trazia um significado específico.

“Após a visão inicial do primeiro movimento a respeito das divindades mitológicas Pã e Baco, Mahler criou três movimentos dedicados aos seres vivos: ‘O que as flores do campo me dizem’, ‘O que os animais da floresta me dizem’ e ‘O que o homem me diz’. Os dois últimos movimentos têm fontes mais etéreas: ‘O que os anjos me dizem’ e ‘O que o amor me diz’. Essas noções guiaram o compositor através do processo criativo. Mesmo assim, após a estreia da obra, Mahler excluiu as referências, sentindo que elas prejudicavam o efeito geral da obra”, conta Betsy Swarm.

Em sua descrição da obra, a autora chama atenção para a presença da voz na seção final da partitura. "Para o quarto e quinto movimentos, Mahler traz a voz humana, primeiro um solo de contralto à qual, em seguida, se junta o coro. A primeira cena solo, vem do texto Also sprach Zarathustra, de Friedrich Nietzsche, e está impregnada do cansaço de um longo desespero, do peso das tristezas do mundo”, escreve.

“Mas Mahler dissipa essas sombras com o brilho do quinto movimento. Aqui o texto é um poema folclórico tradicional de Des Knaben Wunderhorn (A trompa mágica do menino). Os efeitos de sino nas vozes são ricamente complementados pela orquestra, com climas de celebração e (brevemente) tragédia se transformando em uma imagem de felicidade celestial. Tudo leva a uma conclusão gloriosa, um adágio eloquente em que estados de espírito serenos e de prece se alternam com passagens de libertação extática.”

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Orquestra Jovem do Estado durante concerto na Sala São Paulo [Divulgação]
Orquestra Jovem do Estado durante concerto na Sala São Paulo [Divulgação]

 

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