Orquestra Sinfônica da USP abre temporada com homenagem aos 50 anos da Torre do Relógio

A Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo abre no sábado, dia 18, sua temporada 2023. A regência será do maestro Gil Jardim, diretor artístico do grupo, e Gianluca Littera será o solista na harmônica cromática. O programa tem obras de Beethoven, Morricone, Cesar Camargo Mariano, Milton Nasciment e Piazzolla.

O concerto de abertura da temporada vai celebrar os 50 anos da Torre do Relógio da Cidade Universitária, que também inspira parte da programação do ano. Projetada pelo arquiteto Rino Levi, a torre é formada por duas placas de concreto de 50 metros de altura. Nelas, há doze painéis com desenhos criados pela artista Elisabeth Nobiling, simbolizando o mundo da fantasia e o mundo da realidade. 

A torre fica no centro de um círculo que contém um espelho d’água e, ao seu redor, se lê a frase “No universo da cultura, o centro está em toda parte”. Dita pelo jurista e ex-reitor da USP Miguel Reale, a frase é também o mote da temporada da orquestra.

A programação é dividida em séries. O ciclo "Concertos da Torre do Relógio" terá sete programas inspirados nos desenhos de Nobiling, no Anfiteatro Camargo Guarnieri. Ao final das apresentações acontecerão bate-papos mediados pela pró-reitora de cultura e extensão universitária da USP, Marli Quadros Leite. 

A abertura da série traz o tema Sustentabilidade em Foco com a presença dos professores Marcos Buckeridge, do Instituto de Biociências (IB), Carlos Eduardo Cerri, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (Esalq) e Marcelo Machado, cineasta e ex-aluno da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). A coordenação dos encontros é da violinista Eliane Tokeshi, vice-diretora da Osusp e professora da Escola de Comunicações e Artes (ECA).

Na série "Esculpir o Tempo", as apresentações vão abordar a tríade “a tradição - o nacional - a contemporaneidade”. Entre os artistas convidados, estão Luis Otávio Santos, Alejandra Urrutía, Aylton Escobar, Luis Gorelik, Knut Andreas, Ligia Amadio, Tobias Volkmann, Yeny Delgado, Lutero Rodrigues e Richard Kogima. "Tempo! A diversidade nas lentes da música de câmara" é o mote para programas mensais de ensembles formados por músicos da orquestra. 

A Semana Camargo Guarnieri trará recitais, concertos, simpósios e mesas redondas dedicadas à vida e obra do compositor, com curadoria da professora Flávia Camargo Toni, do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), do maestro e professor Lutero Rodrigues, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da violinista Tânia Guarnieri, filha do compositor, e do maestro Gil Jardim.

Por fim, a série Jogos Musicais terá diálogos entre músicos e plateia, dedicada à formação de público, seja para crianças, jovens ou adultos. “É necessário que se vá além do reconhecimento de um instrumento. O ideal será sempre entender como a linguagem se articula para ampliar a percepção em todos os sentidos”, diz Jardim.

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