Às vésperas de completar 20 anos, no próximo dia 9 de julho, a Sala São Paulo recebe esta semana uma das mais monumentais obras do repertório sinfônico: a Sinfonia nº 8, de Gustav Mahler, conhecida como Sinfonia dos Mil.
A obra é dividida em duas partes. Na primeira, Mahler utiliza o hino pentecostal Veni Creator Spiritus, escrito em latim no século IX; e, na segunda, a cena final do Fausto, de Goethe, publicado em 1832.
“Nossa relação com a grandiosidade afirmativa dessa sinfonia é paradoxal, porque esse universo tão elevado soa fora do lugar em nosso mundo. Com toda a sua presença, essa música ressoa como se tocada ao longe, testemunho distante e quase ingênuo do Romantismo do século XIX, onde o monumental ainda era possível, antes da desmesura dos horrores que marcaram o último século”, escreve o professor Jorge de Almeida sobre a obra em texto publicado no site da Osesp. “Nesse sentido, talvez valha para a Oitava o mesmo que Adorno dizia sobre a cena final do Fausto: a esperança não é a memória preservada, e sim o retorno do esquecido.”
A obra, que será apresentada nos dias 4, 5 e 6, encerra o ciclo dedicado às sinfonias do compositor sob o comando de sua diretora musical e regente titular Marin Alsop, que deixa o posto no final do ano. Entre os solistas, estão nomes como as sopranos Lina Mendes e Gabriella Pace, as mezzo sopranos Denise de Freitas e Luisa Francesconi e o barítono Paulo Szot, artista residente da edição deste ano da temporada da Osesp.
Também participam da execução da obra o Coro da Osesp, o Coro Acadêmico da Osesp, a Orquestra Sinfônica da USP, o Coro Infantil da Osesp, o Coral Paulistano e o Coro Lírico do Theatro Municipal de São Paulo.
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