Se ainda é incerto o modo como concertos poderão ser realizados daqui em diante, no caso da ópera as dúvidas são ainda mais complexas: como afinal garantir o distanciamento entre músicos em um fosso de orquestra, ou entre os cantores de um coro e dos solistas sobre o palco?
O Teatro Real de Madri, na Espanha, buscou responder a essas questões e anunciou para o dia 1º de julho a estreia de uma produção da La traviata, de Verdi, com regência do maestro italiano Nicola Luisotti. É a primeira casa de ópera europeia a anunciar uma produção de ópera após a paralisação provocada pela pandemia do coronavírus.
Na plateia, apenas cerca de 800 pessoas poderão assistir às récitas, metade da lotação total do teatro, que por conta disso aumentou de 19 para 27 o número de apresentações previstas.
Leo Casaldi, diretor do espetáculo, explicou ao site da cadeia espanhola SER que algumas passagens foram cortadas da ópera e que o palco recebeu marcações para que os cantores garantam a distância segura de um metro e meio a todo instante. No fosso, foram instaladas telas de acrílico entre os músicos, que usarão máscaras.
O período de ensaios foi reduzido de um mês para dez dias. E foram contratados quatro elencos diferentes, para que o rodízio entre eles seja maior. “Em vez de viver as novas regras como uma imposição, decidimos assumi-las e convertê-las na base da nossa linguagem”, disse Casaldi.
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