Theatro Municipal de São Paulo encerra temporada lírica com ‘La Bohème’, de Puccini

O Theatro Municipal de São Paulo encerra neste final de semana a temporada lírica e, ao mesmo tempo, as homenagens do Ano Puccini, motivadas pelo centenário de morte do compositor. Hoje e domingo, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, o Coro Lírico Municipal e o Coro Infantojuvenil da Escola Municipal de Música apresentam em versão de concerto a ópera La bohème, de Puccini, com regência de Roberto Minczuk.

O elenco tem o tenor Matthew White (Rodolfo), a soprano Gabriella Pace (Mimi), o barítono Michel de Souza (Marcello) e a soprano Raquel Paulin (Musetta), além de Johnny França, Andrey Mira, Paulo Queiróz e a participação especial de Sandro Christopher como Alcindoro e Benoit.

La bohème é inspirada no livro Cenas da vida boêmia, de Henri Murger. "Aos 36 anos, coberto de fama pelo sucesso da Manon Lescaut, ele soube encontrar no livro de Murger um tema de acordo com seu temperamento emotivo, erótico, melancólico, extremamente sensível à fragilidade feminina e aos pequenos dramas do quotidiano. Dramaturgo seguro, ele sabe perfeitamente o que iluminar e o que eliminar, para que não se percam a aura poética e a concentração sentimental. É admirável também a precisão com que ele seleciona os elementos de linguagem mais adequados a contar esse tipo de história", escreve Lauro Machado Coelho em texto que pode ser lido no Acervo CONCERTO [clique aqui].

"Eu acho a Mimi uma das personagens mais dignas da história da ópera. Ela possui uma riqueza humana gigantesca. E, quando decide se separar do Rodolfo, por ver ele tão fragilizado pela doença dela, as palavras são de uma dignidade assustadora. E uma maturidade muito grande também. Tenho verdadeira adoração por essa personagem", diz Gabriella Pace em entrevista ao Site CONCERTO.

"Puccini, para mim, é um divisor de águas na Ópera italiana. Ele traz o público para dentro das tramas, com dramas humanos, do cotidiano, complexos. Histórias que acontecem todos os dias. Conosco, com conhecidos, com familiares. Ele sorveu de diversas fontes e estilos e fez uma música única. Criador de melodias envolventes e dramáticas, que ficam impregnadas na nossa alma e nossos pensamentos. Não conheço quem não chegue ao final de uma ópera de Puccini sem estar profundamente tocado e emocionado, não importa quantas vezes tenha ouvido e visto aquele final."

Veja mais detalhes no Roteiro do Site CONCERTO

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