Companhia de Ópera do Rio Grande do Sul promove festival em agosto

A Companhia de Ópera do Rio Grande do Sul realiza entre os dias 8 e 10 de agosto a primeira edição do Festival TriÓpera, com três espetáculos no palco do Teatro Simões Lopes Neto.

A companhia havia programado para agosto uma montagem da ópera La traviata, de Verdi, mas comunicou que, “em virtude do adiamento operacional da montagem”, optou pela realização do festival, "enfatizando os três eixos de sua atuação: formação, programação e circulação pelo interior do Estado".

No dia 8, será realizado o espetáculo Vozes do Amanhã, com 11 jovens cantores revelados ao longo das três edições do Ópera Estúdio, um projeto de formação de cantores líricos e pianistas correpetidores realizado pela Secretaria de Estado da Cultura, CORS, Fundação OSPA e Fundação Theatro São Pedro. No repertório, composições de Mozart, Rossini, Puccini e Verdi em um concerto cênico.

No dia 9, a Gala Lírica Nossas Vozes, Nossas Óperas reúne 15 artistas da Companhia interpretando trechos emblemáticos das dez óperas montadas pela CORS nos últimos três anos, como A flauta mágica, Suor Angelica, Carmen, Cavalleria rusticana, A viúva alegre, L'elisir d'amore, Pagliacci, Gianni Schicchi e Turandot.

E, no dia 10, a CORS realiza o concerto Todas as Vozes, com solistas e Coro Lírico da CORS e a participação especial do Coro da Sociedade Pelotense Música Pela Música em homenagem ao centenário do maestro Frederico Gerling Jr. (1925-2010).

“O maestro Gerling Jr. dedicou sua vida à ópera. Foi o fundador dos Concertos Comunitários Zaffari e montou dezenas de óperas ao longo de quatro décadas no Salão de Atos da PUCRS e no Theatro São Pedro. Gerações de cantores líricos gaúchos tiveram suas primeiras oportunidades por suas mãos. Ele foi meu primeiro professor de canto, e cantei meu primeiro personagem de ópera sob sua regência, 24 anos atrás. Assim como eu, toda a classe lírica do RS deve muito ao saudoso maestro, que construiu um legado admirável no Estado. Se não fossem as óperas da PUCRS, provavelmente a CORS não existiria e a ópera no RS teria desaparecido. A CORS não deixa de ser uma continuação do seu trabalho”, afirma Flávio Leite, presidente da companhia.

Durante o festival, o foyer do Multipalco Eva Sopher será ocupado por uma exposição de figurinos e adereços usados nas montagens da CORS.

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