O maestro Ira Levin e o diretor Alexandre Dal Farra trabalharam juntos em um dos principais espetáculos da temporada lírica de 2021: Os sete pecados capitais, de Kurt Weill e Bertolt Brecht. E, agora, retomam a parceria em A ópera dos três vinténs, que estreia no Theatro São Pedro de São Paulo na quinta-feira, dia 1º.
"A ideia inicial de Brecht e Elisabeth Hauptmann era surfar no sucesso da redescoberta de The Beggar’s Opera (1728), do dramaturgo britânico John Gay (1685-1732). A tradução virou adaptação, para depois transformar-se em uma obra nova, tomando de empréstimo, ainda, textos do francês François Villon (1431-63) e do inglês Rudyard Kipling (1865-1936), que se chamaria Die Luden-Oper (A ópera do cafetão). O título Die Dreigroschenoper (A ópera dos três vinténs), ao que parece, só foi dado uma semana antes da estreia, em Berlim, em 1928", escreve Irineu Franco Perpetuo em texto publicado na edição de setembro da Revista CONCERTO.
Ambientada originalmente na Londres vitoriana, a peça gira em torno do criminoso Macheath.
“As colaborações de Brecht e Weill são todas feitas a partir do mesmo tecido, refletem as agruras das pessoas simples e a decadência da República de Weimar – que todos nós sabemos a que levou”, diz Levin. “Todas são poderosas, foram banidas pelos nazistas, e trazem histórias tristes com músicas lindas – um cinismo de que eu gosto. A ópera dos três vinténs é uma obra dura e amarga – sua encenação não tem que ser ‘agradável’.”
O elenco conta com as sopranos Manuela Freua e Lina Mendes, as mezzo sopranos Luisa Francesconi e Juliana Taino, o tenor Mauro Wrona e os barítonos Rodrigo Estevez, Homero Velho e Johnny França.
Após a estreia no dia 1º, as demais récitas acontecem nos dias 2, 3, 4, 8, 10 e 11.
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