Retrospectiva 2022: André Cardoso, professor da Escola de Música UFRJ, presidente da Academia Brasileira de Música e coordenador do Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos)
O ano de 2022 foi muito produtivo.
Pessoalmente tive o privilégio de duas parcerias com colegas compositores que muito admiro, Ernani Aguiar na ópera Aleijadinho e Ronaldo Miranda no balé Macunaíma. As produções só se tornaram possíveis com o apoio da Fundação Clóvis Salgado e da Fundação Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A estreia da ópera em Ouro Preto foi especialmente emocionante, encenada no largo à frente da Igreja de São Francisco com os corpos artísticos do Palácio das Artes sob a competente direção de dois queridos colegas, o maestro Silvio Viegas e a diretora Julianna Santos.
A Sinfônica da UFRJ, por sua vez, retomou plenamente sua temporada, tendo recebido o maestro Luiz Fernando Malheiro como convidado em um programa Brahms. Participamos das séries da Sala Cecília Meireles e da Academia Brasileira de Música, com a estreia de várias obras, e encerramos o ano com o Oratório de Natal de Bach.
Outro destaque da temporada foram as duas óperas de Tim Rescala, O engenheiro e O boi e o burro no caminho de Belém, com récitas na Escola de Música da UFRJ, no Teatro Municipal e nas cidades de Petrópolis e Juiz de Fora. No Sinos destaco as encomendas de obras aos compositores e as Caravanas que organizamos em várias cidades, com diversos professores atendendo alunos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Ceará.
No nosso setor destaco ainda as ações do Fórum Brasileiro de Ópera, Dança e Música de Concerto.
Foi um ano também marcado pela partida do maestro Edino Krieger, um nome a ser sempre lembrado por músicos de diferentes gerações por tudo o que fez e produziu como compositor, administrador, crítico e homem público.
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