Retrospectiva 2022: Ricardo Castro, pianista e diretor-geral do Neojiba
Em 2022, o Neojiba completou seus 15 de anos de existência celebrando as imensas transformações promovidas por essa política pública do Governo da Bahia na vida de milhares de famílias e demarcando, mais uma vez, o lugar singular que ocupa no panorama musical e educacional brasileiro.
O grande destaque do ano foi a realização da maior turnê internacional feita por uma orquestra brasileira em comemoração ao bicentenário de nossa Independência. Tivemos orgulho de lotar plateias em grandes salas de concerto de seis países europeus, como a Concertgebouw, de Amsterdã, a Philharmonie, de Paris (onde nos apresentamos pela terceira vez), e a Gulbenkian em Lisboa. Nossa mensagem de que vale a pena investir na juventude foi recebida calorosamente, e já temos convites para voltar.
Gostaria de agradecer especialmente aos nossos solistas, a grande pianista Maria João Pires e o percussionista Raysson Lima, que com desenvoltura elevou o berimbau à condição de protagonista na estreia de Kamarámusik, peça escrita pelo compositor baiano Jamberê, a partir de um concurso promovido pelo Neojiba.
De volta ao Brasil, comemoramos nosso aniversário com uma grande festa que reuniu grande parte dos 2.500 integrantes dos 13 núcleos do programa. Durante quatro dias, crianças e suas famílias puderam sentir de perto aonde a dedicação e a busca pela excelência podem nos levar.
A multiplicação é o coração do nosso programa, expresso no lema "Aprende quem ensina". Acostumados a promover grandes ações de solidariedade desde nossa fundação, neste ano nossa rede chegou até a Ucrânia, país vitimado pela guerra. Quatro jovens musicistas em situação de risco iminente de vida participaram de um intercâmbio cultural com os nossos integrantes, graças ao apoio dos nossos amigos no exterior.
Não poderia encerrar essa retrospectiva sem citar outro grande momento, a realização de um concerto em homenagem aos 75 anos do maestro John Neschling, que escolheu o Neojiba para voltar a reger no Brasil, depois de seis anos longe dos palcos nacionais.
Em 2023, trabalharemos para que o programa esteja mais presente na educação pública, trazendo cada vez mais crianças, adolescentes e jovens para este maravilhoso movimento de desenvolvimento social, que é a prática musical coletiva e de excelência.
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