Hugo Possolo será diretor geral da Fundação Theatro Municipal de São Paulo

O ator e dramaturgo Hugo Possolo será o novo diretor geral da Fundação Theatro Municipal de São Paulo. Ele ocupava até o final do ano o posto de Secretário Municipal de Cultura e, antes, havia sido diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo.

A nomeação ainda não foi publicada no Diário Oficial, mas foi confirmada ao Site CONCERTO pela secretaria.

O Theatro Municipal vive atualmente um momento de transição em sua organização. Após a saída do Instituto Odeon, a Santa Marcelina Cultura ficou responsável pela gestão do teatro em caráter provisório, até abril deste ano, uma vez que o edital lançado para escolha de uma organização social foi suspenso em outubro pelo Tribunal de Contas do Município. 

Prometido para o ano passado, um novo edital ainda não foi lançado pela Secretaria Municipal de Cultura, que espera ter a questão resolvida até o final do prazo do contrato emergencial estabelecido com a Santa Marcelina Cultura. 

Como diretor artístico do Theatro Municipal, Hugo Possolo trabalhou pela ampliação da programação, que passou a incluir espetáculos de diferentes gêneros artísticos. Ele criou também a série Novos Modernistas e agora estará à frente da preparação das comemorações pelos cem anos da Semana de Arte Moderna, em 2022.

Atualmente a Fundação Theatro Municipal de São Paulo é responsável pela gestão das escolas municipais de música e bailado, além de firmar contrato de gestão com uma entidade da sociedade civil para gestão do Municipal e seus corpos estáveis.

No ano passado, a prefeitura tentou extinguir a fundação, com o objetivo de firmar contrato de gestão diretamente entre uma organização social e a secretaria, mas o projeto foi adiado após questões levantadas por artistas e vereadores. 

No programa “CONCERTO entrevista” realizado no ano passado (veja o vídeo acima), Possolo, quando ainda era secretário, chegou a afirmar que queria a extinção da fundação para o novo contrato de gestão do teatro. “O nosso desejo era já ter extinguido”, afirmou. E seguiu: “Eu acredito que em uma construção em diálogo com os corpos artísticos isso sem dúvida vai caminhar para uma solução melhor, que é realmente ter somente um órgão de controle dentro da secretaria e não termos mais a Fundação do Theatro Municipal”.

Sua nomeação, no entanto, sugere mudança de rota na secretaria. 

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