Ospa vence edital de R$ 4,7 milhões para conclusão de seu teatro

O projeto de conclusão da Casa da Ospa, no valor total de R$ 4,696 milhões, venceu o edital do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados do Ministério Público do estado do Rio Grande do Sul. Com isso, a Ospa, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, terá recursos para as obras de finalização de seu teatro, além de compra de equipamentos para a orquestra e a escola. Fundada em 1950 pelo maestro Pablo Komlós, a orquestra é uma das mais antigas e tradicionais do país. 

“É uma conquista histórica, a Casa da Ospa será um espaço da mais alta qualificação para a música de concerto e com as condições ideais de trabalho para orquestra e acolhimento do público”, comemorou o diretor artístico Evandro Matté. 

Há alguns anos, a orquestra ganhou um espaço ocioso no Centro Administrativo Fernando Ferrari, sede do executivo do governo estadual. Em uma primeira obra, transformou o antigo auditório em uma sala de concertos de 1.100 lugares, com um saguão, salas de estudo, camarins e café. A Casa da Ospa foi inaugurada em março de 2018, e desde então tem abrigado as temporadas da orquestra.

Com os novos recursos do Ministério Público, a Ospa poderá implementar a segunda etapa de seu projeto, no qual uma área adicional de 1.200 m2 será incorporada ao complexo. Com isso, a Casa da Ospa abrigará ainda uma sala de música de câmara para 240 pessoas, memorial da Ospa, cafeteria e restaurante, salas de estudo e camarins para os músicos, banheiros novos para público e orquestra, sala de ensaio para o coro e Ospa Jovem e elevadores. Além disso, está prevista também a aquisição de equipamentos e instrumentos para a orquestra e para a Escola da Ospa..

O Fundo para Reconstituição de Bens Lesados recebeu 168 projetos, dos quais 105 em condições de serem apreciados. Desses, seis foram aprovados em um total de R$ 7 milhões. 

Conforme o site do Ministério Público, o “Fundo para Reconstituição de Bens Lesados destina-se a ressarcir a coletividade por danos causados em diversas áreas. Entre as receitas que constituem o Fundo estão indenizações decorrentes de condenações, acordos judiciais promovidos pelo MP por danos causados a bens e direitos e de multas aplicadas em razão do descumprimento de ordens ou de cláusulas naqueles atos estabelecidos. Também, os valores decorrentes de medidas compensatórias estabelecidas em acordo extrajudicial ou termos de ajustamento de conduta, promovidos pela instituição, e de multas aplicadas pelo descumprimento de cláusulas estabelecidas nesses instrumentos. Ainda, doações de pessoas físicas ou jurídicas, entre outros. O Conselho Gestor do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados é presidido pelo Ministério Público e integrado por instituições públicas estaduais e integrantes da sociedade civil”.

[Matéria editada às 13h30 para inclusão dos novos espaços que serão incorporados ao complexo da Casa da Ospa.]
 

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