Volume 20

por Redação CONCERTO 30/01/2024

Vol 20

ALMEIDA PRADO: WORKS FOR VIOLIN AND CELLO (1943-2010) 

1-9 Le livre magique de Xangô (1985) * 
10-12 Das cirandas (1999) * 
13-16 As quatro estações (1983) 
17 Capriccio für Constança and Ana Luiza (1998) * 
18 Preambulum (2004) 
19-23 Solo Violin Sonata (2000) * 
 
* Primeiras gravações mundiais 

Emmanuele Baldini – violino 
Rafael Cesario – violoncelo  

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Contracapa CD
[Reprodução]

Texto do encarte do CD  

José Antônio de Almeida Prado (1943–2010) 
Obras para violino e violoncelo 

Nascido em 1928 em Brusque, cidade de Santa Catarina, no sul do Brasil, Edino Krieger absorveu desde cedo diversas influências musicais. Seu primeiro professor foi seu pai – o violinista, compositor e maestro Aldo Krieger. Em 1943, Edino mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar composição com Hans Joachim Koellreutter, líder de um grupo de jovens compositores de vanguarda, entre os quais Claudio Santoro e César Guerra-Peixe. Krieger foi então para os Estados Unidos em 1948, onde estudou violino com William Nowinsky e composição com Aaron Copland e Peter Mennin. Ganhou o Prêmio de Composição no Festival de Varsóvia em 1955 e foi para Londres estudar com Lennox Berkeley. 

De volta ao Brasil, nos anos seguintes viu seu trabalho ser reconhecido e lhe render diversos prêmios nacionais de composição. Ao mesmo tempo em que sua produção clássica ganhava maior visibilidade, participou da etapa nacional do Festival Internacional da Canção Popular de seu país, em 1967 e 1968, obtendo o quarto lugar em ambas as edições. Inspirado nesses festivais, de grande visibilidade no Brasil, criou em 1969 o Festival de Música Guanabara, dedicado à música contemporânea. Depois, em 1975, fundou a Bienal Brasileira de Música Contemporânea, que manteve até 1997 e que ainda hoje é presença regular na vida musical do Rio de Janeiro. 

Durante três décadas, a partir de meados da década de 1970, Krieger foi diretor ou presidente de diversas das principais organizações artísticas brasileiras, incluindo a Fundação Teatros do Rio de Janeiro, o Instituto Nacional de Música, o Museu da Imagem e do Som e a Academia Brasileira de Teatro. Música, bem como a Sala de Concertos Cecília Meireles e a Funarte (Fundação Nacional das Artes), onde criou o PRO-MEMUS – o 'Projeto Memória Musical Brasileira', com o objetivo de documentar e divulgar as tradições musicais do Brasil. Foi homenageado com o Prêmio Nacional de Música do Ministério da Cultura em 1994. Edino Krieger faleceu em 6 de dezembro de 2022, aos 94 anos. 

O seu catálogo pode ser dividido em três fases, de acordo com o seu crescente apego a diferentes procedimentos composicionais e abordagens estéticas. A primeira vai de 1945 a 1952, período em que estudou com Koellreutter e adotou técnicas serialistas. Obras deste período incluem Epigramas e Miniaturas para piano, Música 1945 e Peça lenta para flauta e trio de cordas. A sua segunda fase, de 1953 a 1964, revela a influência do neoclassicismo de Mennin e Copland. Krieger inclui elementos de música popular urbana e emprega estruturas clássicas como sonata e forma de tema e variações. As principais obras deste período são Brasiliana para viola e cordas, Concertante para piano e orquestra, Divertimento para cordas, Quarteto de Cordas nº 1Sonatina para piano e Variações Elementares - uma obra de transição - que está incluída neste álbum. A terceira fase começou em 1965, quando o compositor atingiu a maturidade artística e criava obras baseadas numa fascinante síntese entre tradição e vanguarda. As outras cinco obras aqui registradas foram todas compostas nesse período posterior. 

Fanfarra e Sequências foi encomendada pela Editora Delta para abrir o 2º Festival de Música da Guanabara em 1970. Krieger brinca com a espacialização do som, posicionando seus três trompetes e quatro trompas em diferentes pontos da sala de concerto foyer para a Fanfarra, que poderá ser repetida a critério do regente. Seu tema compreende quartas e segundos ascendentes, motivo que também aparece em algumas outras composições de Krieger. A Fanfarra é seguida por oito Sequências, que se alternam entre diferentes grupos instrumentais e o refrão. São peças aleatórias, que possuem indicações precisas de ritmo e dinâmica, mas deixam os intérpretes livres para decidir quando entram e quantas repetições fazem. A obra termina com um tutti orquestral, tendo como tema inicial apresentado trompetes, trompas e trombones. 

Variações Elementares, para flauta, saxofone alto, trompete, trombone, vibrafone, celesta e cordas, foi escrita em 1964 e estreada no 3º Festival Interamericano de Música em Washington, DC no ano seguinte. A estreia brasileira aconteceu na 2ª Bienal Brasileira de Música Contemporânea em 1977. A obra é composta por dez variações, emolduradas por um Prólogo e um Epílogo. No Prólogo, o vibrafone apresenta uma melodia formada predominantemente por quintas e segundas. As variações desdobram-se então da seguinte forma: Diálogos , em que flauta e saxofone dialogam, com acompanhamento de cordas; Tocata, apresentando uma série de episódios virtuosos; Móbiles, em que o compositor explora os harmônicos dos instrumentos de cordas, diferentes tipos de articulação e repetições de células melódicas curtas; Ricercare, em que o tema original serve de base a uma série de imitações que remontam à polifonia do século XVII; Choro, em que é trabalhado utilizando elementos rítmicos do gênero popular desse nome desenvolvido no Rio; Pequeno Coral, pequeno trecho em que o compositor apresenta um fragmento do tema harmonizado; Bossa-Nova, que explora o ritmo e a orquestração característicos deste gênero; Quarteto, seção imitativa para apenas dois violinos, viola e violoncelo; Densidade, em que Krieger aumenta e diminui a densidade da textura ao empregar diferentes ritmos e repetições, e ao sobrepor e suprimir notas; e Jogo, onde o tema é tocado por diferentes instrumentos em pequenos fragmentos separados por pausas. No Epílogo o tema é apresentado pela última vez pela orquestra completa. 

Canticum Naturale, uma das obras mais emblemáticas de Krieger, foi composta em 1972 por encomenda da Orquestra Filarmônica de São Paulo para a temporada que marcou os 150 anos da Independência do Brasil. Esta pintura sonora expansiva, cujos dois movimentos são executados sem interrupção, é baseada em gravações de cantos de diversas aves amazônicas feitas pelo ornitólogo Johan Dalgas Frisch. Os elementos melódicos do primeiro, Diálogo dos pássaros, são extraídos dos sons do ambiente florestal e do canto de pássaros como a siriema, o tinamou, o saltador-de-garganta-amarela, o pica-pau e, por fim, o músico Wren, este último tocado por flauta solo para encerrar o movimento. Monólogo das águas começa com grandes blocos sonoros que sugerem a formidável massa de líquido que flui incessantemente ao longo do leito do rio Amazonas. Na seção central, ouvimos uma soprano solo dando voz ao canto mudo da figura mítica da Mãe d'Água, enquanto harpa, vibrafone e flauta tocam motivos melódicos curtos e repetidos acima das notas longas. das cordas. A seção seguinte retorna à atmosfera elementar da floresta e chega à seção fortíssimo final que sugere a pororoca, o grande poço de maré que ocorre onde o Amazonas encontra o Atlântico. 

Estro Armonico foi escrito em 1975 para o 7º Festival de Música do Paraná e estreado no mesmo ano pela Orquestra Sinfônica do Teatro Guaíra e Roberto Schnorrenberg. O elemento generativo usado aqui por Krieger é uma sucessão de grandes blocos sonoros que diferem entre si em termos dos intervalos entre suas notas. Cada grupo instrumental possui sua própria estrutura, resultando em uma elaborada interação de timbres. Intervenções rápidas de piano, percussão e metais aparecem em contraponto a essas extensões sonoras. O violoncelo toca um recitativo, marcando o início da segunda seção, onde prevalece uma pulsação regular em compassos binários e ternários alternados. Segue-se uma transição imitativa que conduz a uma nova secção rítmica tutti interrompida pelo retorno repentino de um dos blocos sonoros originais, pianíssimo, para encerrar a peça. 

Três Imagens de Nova Friburgo, para orquestra de cordas e cravo, foi composta em 1988 por encomenda da Secretaria Municipal de Cultura de Nova Friburgo, cidade da região serrana do Estado do Rio de Janeiro. Janeiro. Krieger introduz diferentes técnicas instrumentais para dar à partitura um caráter descritivo, em linha com os três títulos de movimentos escolhidos. Em Nevoeiros ('Fog'), utiliza harmónicos, clusters e passagens melódicas rápidas em que as cordas são instruídas a tocar sul ponticello (ou seja, com o arco próximo da ponte do instrumento – a fina cunha de madeira sobre a qual repousam as cordas) de modo a produzir sonoridades etéreas. As Corredeiras são evocadas por glissandos e notas longas interrompidas por motivos melódicos curtos. Por fim, Montanhas o mais lírico dos três andamentos, inicia-se com uma série de recitativos que apresentam um tema ascendente sugerindo o contorno de picos elevados, antes de uma conclusão orquestral completa. 

Ludus Symphonicus foi escrito em 1965 e estreou no ano seguinte durante o 3º Festival de Música de Caracas pela Orquestra de Filadélfia, dirigida por Stanisław Skrowaczewski. Krieger aqui substitui o modelo sinfônico tradicional lento-rápido-lento por um padrão harmonia-melodia-ritmo. A armônica Intrata de abertura é baseada em estruturas sonoras verticais de diversas densidades e timbres sobrepostos ou interrompidos por passagens melódicas atonais. Em contraste com o primeiro movimento, composto basicamente por acordes, Cadenza alla corda apresenta uma melodia extensa, virtuosística e expressiva, que serve como elemento estrutural do movimento. Esta linha é liderada pelas cordas que se complementam e se alternam à medida que a música avança em direção a um grande uníssono final. Os elementos rítmicos prevalecem no terceiro movimento, Toccata metalica, onde os protagonistas são os metais e a percussão. Tal como o Ricercare das Variações Elementares, a sua secção central evoca a música do século XVII, e depois toda a orquestra volta a juntar-se para encerrar a obra de forma retumbante. João Guilherme Ripper Um dos mais prolíficos e criativos compositores brasileiros da segunda metade do século XX, Almeida Prado foi um criador sinestésico cuja mente fértil encontrava inspiração em tudo, desde o canto dos pássaros e as florestas verdejantes de seu país natal até a contemplação das galáxias. Ocasionalmente, ele se permitia seguir um caminho mais convencional e, em vez disso, voltava-se para as tradições folclóricas. 

Canto de Xangô ('Canção de Xangô') é uma melodia afro-brasileira incluída pelo musicólogo Mário de Andrade (1893–1945) em seu livro Ensaio sobre música brasileira ('Ensaio sobre Música Brasileira', 1928). Foi harmonizada por grandes compositores brasileiros como Villa-Lobos (1887-1959) e Luciano Gallet (1893-1931), e Almeida Prado usou-a como base para suas 14 Variações sobre um tema afro-brasileiro 'Xangô', para solo piano, quando ainda era estudante (1961). 

Trabalhos iniciais como este revelam a clara influência de seu então professor, Camargo Guarnieri (1907–1993) – líder da escola nacionalista brasileira – que incutiu as teorias de Andrade em seus alunos. Em 1965, porém, Almeida Prado abandonou os ensinamentos de Guarnieri para abraçar uma linguagem mais alinhada com a da vanguarda europeia da época. Isso culminou em Pequenos funerais cantantes, obra que ganhou o Primeiro Prêmio no primeiro Festival de Música da Guanabara, em 1969, não apenas fazendo seu nome no Brasil, mas também permitindo-lhe mudar-se para Paris e trabalhar com Nadia Boulanger e Olivier Messiaen. 

Ao voltar da França, Almeida Prado incorporou os resultados de seus estudos parisienses em sua mais célebre série de composições, as Cartas Celestes, a primeira das quais data de 1974. Le Livre magique de Xangô ('Livro Mágico de Xangô') é considerado uma das obras fundamentais de sua fase final pós-moderna, que o viu revisar seu idioma em estilo eclético, utilizando cada vez mais elementos de música modal e tonal. 

A obra tem título francês porque foi encomendada pela violoncelista francesa Barbara Grégoire, na sequência de um concerto inteiramente dedicado às obras de Almeida Prado em Paris, em Dezembro de 1984. Dedicado ao intérprete 'avec amitié et admiration' ('com amizade e admiração'), e rapidamente concluída em janeiro de 1985, a peça permaneceu sem execução até 2003, quando foi estreada pela violinista Maria Constança de Almeida Prado, filha do compositor, e pelo violoncelista Eduardo Bello. 

A religiosidade afro-brasileira é uma característica da fase composicional final de Almeida Prado, particularmente evidente em 1985, quando, além de Le Livre magique de Xango, escreveu a Sinfonia dos Orixás para orquestra, Livro de Oxóssi ou Cantos de Oxóssi ('Livro de Oshosi, ou Canções de Oshosi') para quarteto de flautas, e Poesilúdio nº 12 – Noites de Iansã ('Noites de Iansã') e Sonata nº 5 'Omulú', ambos para solo piano. 

O católico romano Almeida Prado declarou certa vez numa entrevista: 'As religiões afro-brasileiras me ofereceram uma experiência estética, não mística. Não tenho interesse neles como atos de fé. Acho muito bonito o lado ritual do Candomblé – as roupas, a música, os ritmos obsessivos, os tambores, a ligação muito primitiva com a terra.' 

De acordo com o Dicionário Houaiss, Xangô é 'um orixá [espírito ou divindade] da religião iorubá, considerado o (lendário) quarto rei de Oyo, na Nigéria, e deus dos trovões e dos relâmpagos'. Na contracapa da partitura, o compositor escreveu estas palavras: 'E de repente, no azul do céu, apareceu um clarão, como uma flecha de fogo, e Xangô gritou: " E mim me o tiçá. E mim, mim." Ele era uma divindade! Almeida Prado acrescentou nota explicativa informando que se tratava de um texto de Candomblé, do ritual Xangô, e que a frase gritada pelo deus consistia em 'palavras africanas usadas na Bahia nos ritos realizados pelos "filhos de santo" [sacerdotes].' 

Retornando ao Canto de Xangô do livro de Mário de Andrade, o compositor aqui utiliza o violino e o violoncelo para evocar as características particulares de mais três orixás, esposas de Xangô, mencionados nominalmente na partitura: Iansã (deusa das tempestades, dos raios e os ventos), Obá (deusa das águas turbulentas) e Oxum (uma deusa do rio). 

Na fase pós-moderna de Almeida Prado tudo era possível, inclusive o retorno ao nacionalismo da juventude. Assim, por exemplo, em Das Cirandas (1999), dedicado a 'dois grandes artistas e amigos, Davi Vasconcelos Barreto e Pedro Vasconcelos Barreto', ele parece remeter aos ensinamentos de Mário de Andrade e Camargo Guarnieri, retirando músicas folclóricas de diversas regiões do Brasil como base para seu trabalho. Aliás, ele listou a origem de cada melodia: 'a laiá vem de Caxambu/Minas Gerais; a ciranda "As meninas da Europa", do Rio São Francisco/Bahia; a ciranda "Flor da China", de Itaperuna/Rio de Janeiro; a ciranda "Onde vai, morena?", de São Luiz/Maranhão; e todas retiradas do livro Brincando de roda, de Iris Costa Novaes, da Livraria Agir Editora, 1983.' 

Com o seu enorme talento para a improvisação, Almeida Prado foi um pianista virtuoso e exuberante, e sempre se expressou com maior naturalidade ao piano. No que diz respeito ao violino, uma importante inspiração inicial foi Natan Schwartzmann (1930–2020), que estudou com Ivan Galamian e Max Rostal e passou a formar ele mesmo gerações de violinistas brasileiros. Mas a produção do compositor para o instrumento ganhou novo impulso depois que sua filha Maria Constança se consolidou como uma das principais violinistas do Brasil. Em 2000, Almeida Prado dedicou-lhe a sua animada Sonata para Violino – além de explorar inventivamente o potencial do instrumento, a obra revela uma ligação com o mundo natural comum a várias das suas partituras pós-modernas: o segundo movimento, Scherzo intenso, também traz a indicação Paná-paná, borboletas azuis na Mata Atlântica

As Quatro Estações , por sua vez, foram encomendadas pelo Instituto Nacional de Música da Funarte como obra obrigatória do segundo Concurso Nacional de Jovens Intérpretes da Música Brasileira, em 1984. Além da óbvia referência a Vivaldi, Almeida Prado também inclui uma breve citação da Sonata ' Primavera' de Beethoven. Dado que a peça se destinava a jovens violinistas, concebeu cada secção como um estudo: Outono (fraseado, notas longas); Inverno (efeitos: tremolo normal, tremolo sul ponticello, harmônicos); Primavera (arpejos, escalas e trinados); Verão (acordes, paradas duplas e triplas). 

Se o Capricho para violino solo é de natureza lírica, e não virtuosística, como o seu título pagão pode sugerir, Praeambulum transporta-nos para o universo barroco de Bach. Em 2004, o eminente violoncelista brasileiro Antonio Meneses contratou seis compositores diferentes para escrever uma curta peça solo para servir de introdução a uma das Seis Suítes para Violoncelo de Bach. A contribuição de Almeida Prado foi escrita como um prelúdio à Suíte nº 3 em dó maior, BWV 1009. Citando o próprio compositor: "É baseado em Dó maior, tonal livre, e as quatro notas do nome Bach aparecem de vez em quando: Si bemol, Lá, Dó, Si natural". Alguns melismas nordestinos homenageiam as raízes pernambucanas de Antonio Meneses. Termina em dominante, com harmonia em Sol maior, antecipando a abertura da Suíte Bach . 

Irineu Franco Perpetuo 
Irineu Franco Perpetuo é jornalista e tradutor. 


Emmanuele Baldini 
Emmanuele Baldini nasceu em Trieste, Itália. Depois de estudar na sua cidade natal, aprofundou a sua formação em violino em Genebra, Salzburgo e Berlim, estudando regência com Isaac Karabtchevsky e Frank Shipway. Desde cedo, Baldini ganhou prêmios em inúmeras competições internacionais e já se apresentou como solista ou recitalista em todo o mundo. Já se apresentou em todas as principais salas de concerto da Europa, além das da América Latina e principalmente do Brasil, onde reside desde 2005. 
Após uma carreira de grande sucesso como violinista, Baldini embarcou em novos empreendimentos musicais como maestro. Fundou o Quarteto da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) e colaborou com artistas de renome internacional como Maria João Pires, Jean-Philippe Collard e Jean-Efflam Bavouzet. Baldini foi spalla da Orchestra del Teatro Comunale di Bologna, da Orchestra del Teatro alla Scala di Milano e da Orchestra del Teatro 'Giuseppe Verdi' di Trieste, e desde 2005 é spalla da OSESP. Atuou também como spalla convidado da Orquestra Sinfónica da Galícia. A partir de 2017, é diretor musical da Orquesta de Cámara de Valdivia no Chile. 
www.emmanuelebaldini.com 

Rafael Cesário 
O premiado violoncelista Rafael Cesário estudou na Universidade de São Paulo e no Conservatoire à rayonnement départemental du Val de Bièvre, em Paris, onde esteve sob a tutela de Romain Garioud. Também realizou masterclasses com Antonio Meneses, Alisa Weilerstein e Sol Gabetta, entre muitos outros. 
Como solista, já se apresentou com inúmeras orquestras de prestígio, incluindo a Orquestra Sinfônica do Paraná, a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo e a Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo. No Festival de Música de Trancoso 2017 se apresentou como solista e camerista ao lado de músicos renomados como Mathieu Dufour e Andreas Wittmann. 
Nos últimos dois anos lançou três álbuns digitais: Um Outro Adeus e Meu Brasil com André Mehmari, e Variações de Beethoven com Marcos Aragoni. 
Em 2022, Cesário integrou a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) como primeiro violoncelo convidado. 


CRÍTICAS INTERNACIONAIS

Uwe Krusch

Pizzicato, janeiro de 2024

Emmanuele Baldini [...] confere às obras de Almeida Prado uma emocionante mistura de folclore encantador e trechos de sonoridade moderna. ...ele encontra formas e meios para modelar o caráter das peças e exalar um toque brasileiro. © 2024 Pizzicato 

Lynn René Bayley

The Art Music Lounge, janeiro de 2024

O alto nível de execução apresentado aqui por Emmanuele Baldini, um violinista do qual nunca tinha ouvido falar antes, diz muito sobre o alto nível técnico e artístico dos músicos modernos, e dou-lhe grande crédito por ter uma mente suficientemente aberta para assumir esse repertório incomum e muitas vezes desafiador. © 2024 The Art Music Lounge 

Rafael de Acha

Tudo sobre as artes, dezembro de 2023

A música do menos conhecido, mas imensamente talentoso compositor brasileiro José Antônio de Almeida Prado recebe leituras idiomaticamente impressionantes do violinista-regente Emmanuele Baldini no pódio da Orquestra Sinfônica de São Paulo, com o violoncelista Rafael Cesário como solista... © 2023 All About the Arts 

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