Você tem em mãos a edição de abril de 2025 da Revista CONCERTO. A matéria de capa, assinada pelo editor executivo João Luiz Sampaio, mergulha no Festival Amazonas de Ópera, que neste ano se insere em um debate contemporâneo essencial: a relação entre ópera e sustentabilidade. Além das montagens que ocupam o palco do Teatro Amazonas, o festival estabelece conexões com a América Latina, promovendo diálogos e parcerias que ampliam seu impacto cultural e artístico.
O compositor argentino Esteban Benzecry é o entrevistado desta edição. Reconhecido pela linguagem que funde influências europeias e latino-americanas, Benzecry conversou com Irineu Franco Perpetuo sobre sua trajetória, suas inspirações e seus novos projetos.
No Theatro São Pedro, em São Paulo, William Pereira assina a direção cênica de uma nova produção de Fidelio, de Beethoven. Para a seção Palco, a jornalista Amada Queirós conversou com Pereira, que conta sobre a encenação: “Temos um primeiro ato mais luminoso, enquanto o segundo é sufocado, claustrofóbico. Há também a antítese entre liberdade e opressão. Acho esses contrastes bem teatrais e tento tirar o máximo deles”.
O compositor Matheus Bitondi é o destaque da seção Fermata. A jornalista Ana Cursino Guariglia entrevistou Bitondi, que fala sobre suas concepções (“detesto compositores românticos”) e sua trajetória, em que une docência e criação. Já em Porto Alegre, a Orquestra do Theatro São Pedro celebra quarenta anos de atividades com uma programação especial, que terá regência de seu atual diretor, o maestro Evandro Matté, e de seus antecessores – Fredi Gerling, Lutero Rodrigues e Antônio Carlos Borges-Cunha, como Irineu Franco Perpetuo escreve na seção Acontece.
A jornalista Luciana Medeiros conversou com o violinista Guido Sant’Anna para a matéria sobre o lançamento do primeiro disco do jovem virtuose, no qual, acompanhado da Osesp, registra para o selo Naxos os concertos para violino de Mendelssohn e Tchaikovsky.
Nossos colunistas também trazem reflexões importantes: Júlio Medaglia escreve sobre o conceito de “pensar grande” na música clássica, tomando como ponto de partida o icônico Bolero de Ravel; Camila Fresca aborda a obra da compositora Unsuk Chin, artista de grande originalidade e relevância no cenário contemporâneo; João Marcos Coelho analisa um CD da série Música do Brasil dedicado à música de Ronaldo Miranda. Por fim, Jorge Coli nos transporta a Paris, à deslumbrante Ópera Garnier, refletindo sobre sua arquitetura e obras de arte.
Acompanhe a Revista CONCERTO e participe da temporada musical de sua cidade. Boa leitura e bom CONCERTO!
Nelson Rubens Kunze
diretor-editor