Para a celebração do cinquentenário, grupo prepara uma série de novidades, como um novo balé com música especialmente encomendada a Clarice Assad
Um dos patrimônios artísticos brasileiros completou, essa semana, 50 anos de sua fundação – o Grupo Corpo, mineiro de Belo Horizonte e do mundo, já que a companhia tem também uma sólida carreira internacional. No dia 22 de janeiro de 1975, foi oficialmente criado o grupo que, desde então já apresentou 43 coreografias – todas inéditas – e é marcado pela qualidade do trabalho associado aos irmãos Pederneiras. Além de Paulo, diretor artístico, e Rodrigo, coreógrafo residente, participam e/ou participaram da companhia Pedro, Miriam (hoje à frente do projeto Corpo Cidadão) e José Luiz Pederneiras (fotógrafo, autor das imagens do grupo).
“Éramos presunçosos. Quando nossos pais cederam a casa em que morávamos, em Belo Horizonte, para que se tornasse a sede da companhia, achávamos que ia dar certo”, contou Pederneiras, diretor artístico do Grupo Corpo. No ano seguinte, estrearia o primeiro balé do Corpo – Maria, Maria, coreografia de Oscar Araiz, música original de Milton Nascimento e Fernando Brant, um estouro de popularidade e o início de uma revolução no panorama da dança contemporânea no Brasil, com apresentações em 41 países estrangeiros e uma qualidade artística que abrange todos os aspectos da obra – não apenas a coreografia, mas cenários, figurinos, iluminação.
Para a celebração do cinquentenário, o Corpo prepara uma série de novidades – incluindo, claro, o novo balé com estreia prevista para agosto, com música especialmente encomendada a Clarice Assad. Aliás, uma das características do grupo é a encomenda de trilhas a compositores, de Milton Nascimento a Philip Glass, de João Bosco a Metá Metá. Serão produzidos um livro e um documentário sobre a trajetória da companhia; a agência de publicidade Africa Creative se associou ao Corpo para a promoção dessa efeméride.
Outra novidade é a presença de Cassi Abranches que a partir de agora será, junto com Rodrigo Pederneiras, coreógrafa residente do Corpo. Cassi, ex-bailarina da companhia, já havia assinado Suite branca, de 2015. O método de trabalho será também modificado: os dois coreógrafos trabalharão simultaneamente, em espaços separados, para depois reunir e combinar suas criações.
O grupo, que mantém há 10 anos os Amigos do Corpo (contribuições de pessoas físicas que podem ser abatidas no imposto de renda) inaugurou há dois anos o formato de contribuição dos Patronos do Corpo, que destina diretamente quantias de maior vulto, como formas de participação da sociedade, captando recursos além dos patrocínios institucionais.
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