Festival Artes Vertentes propõe reflexão sobre independência em nova edição

por Redação CONCERTO 14/11/2022

Com o tema (In)dependências, será realizado entre os dias 17 e 27 de novembro, em Tiradentes, Minas Gerais, o 11º Festival Artes Vertentes. 

A programação, que une diferentes formas de manifestações artísticas, faz alusão ao bicentenário da Independência do Brasil, celebrado este ano. Mas o faz a partir de um recorte específico. 

“Embora se parta da ideia ou de um momento de efeméride, que casualmente está associado a comemorações, o que se anuncia passados os 200 anos da proclamação de Independência é muito mais um tempo de suspensão. Assim, o festival propõe ao público uma reflexão em torno das diversas noções de independência, por meio das linguagens artísticas que tradicionalmente integram a programação do evento – artes visuais, artes cênicas, literatura, música e cinema”, explica Luiz Gustavo Carvalho, curador e diretor artístico do festival. 

“Através das artes, o Artes Vertentes quer propor uma reflexão sobre quais independências foram efetivamente conquistas e para quem? E quais independências precisam ainda ser sonhadas?” Para ele, “se pensarmos que algumas das primeiras reuniões da Inconfidência Mineira foram realizadas em Tiradentes, o município é um dos berços desta tão sonhada independência no Brasil”. “A cidade tem ainda uma outra ligação, com a Semana de Arte Moderna, cuja efeméride também é comemorada neste ano: após a Semana de 1922, os artistas modernistas realizaram uma viagem pelo interior de Minas Gerais e foi graças a esta viagem, que teve como consequência a criação do Iphan, que Tiradentes teve o seu núcleo histórico tombado como um dos primeiros no Brasil”, completa Carvalho. 

A programação é feita de concertos temáticos, com destacados músicos brasileiros e estrangeiros. No dia 18, acontece o programa Quando o norte é o sul!, com obras de Albéniz, Debussy, Villa-Lobos e Piazzolla e a participação de Alexandra Soumm (violino), Sofia Leandro (violino), Iberê Carvalho (viola), Gustavo Carvalho, Isadora Rezende e Mattheus Versiani (pianos). 

No dia 19, Melodias à beira do abismo, reúne as sopranos Eliane Coelho e Manuela Freua para um programa com obras de Strauss, Berg, Gilberto Mendes e Kurt Weill. Classicismo transatlântico, no dia 20, tem obras de Haydn, Neukomm, Mozart e Edino Krieger, com Alexandre Barros (oboé), Alma Liebrecht (trompa), Alexandra Soumm (violino), Darya Filippenko (viola), Iberê Carvalho (viola), Gustavo Carvalho e Isadora Rezende (pianos). 

A série Sons da pátria, por sua vez, terá apresentações nos dias 21, 24 e 27, abordando a relação entre música e ideias de nação. Brasil: retratos de um país através do piano conta com peças de Alexandre Levy, Francisco Mignone, Villa-Lobos, Guarnieri, entre outros, com os pianistas Cristian Budu, Gustavo Carvalho, Isadora Rezende e Mattheus Versiani. 

Outro destaque, no dia 27, é a apresentação da ópera Domitila, de João Guilherme Ripper, monólogo baseado na relação entre D. Pedro I e a Marquesa de Santos. A protagonista será vivida pela soprano Marly Montoni e o trio que a acompanha é formado pelo clarinetista Marcus Julius Lander, a violoncelista Elise Pittenger e o pianista Gustavo Carvalho.

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Arte do Festival Artes Vertentes [Reprodução]

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