Orquestra Jovem do Estado toca Fanny Mendelssohn e Tchaikovsky

A Orquestra Jovem do Estado, grupo ligado à Emesp, dá sequência a sua temporada 2025 com um concerto neste domingo, na Sala São Paulo. A apresentação será regida pelo diretor musical e regente titular do grupo, o maestro Cláudio Cruz.

O programa começa com a Abertura em dó maior, de Fanny Mendelssohn, nome que recentemente tem sido tirado da sombra do irmão, Felix. Não se sabe ao certo a data de estreia da peça, que não foi editada durante a vida da compositora. Mas a edição mais recente da partitura sugere o período entre 1830 e 1832, quando ela tinha entre 25 e 27 anos. A Abertura é a única criação apenas para orquestra conhecida da autora, que, no entanto, também se dedicou a gêneros como oratórios e árias de concerto.

Em seguida, a Orquestra Jovem do Estado toca Manfred, de Tchaikovsky, inspirada no poema de Lorde Byron. Quando recebeu o convite para escrever a obra, o compositor hesitou: ele tinha profunda admiração pela música escrita por Schumann sobre o tema e não conhecia bem o texto.

Mas ele acabou aceitando o convite, e não se arrependeu. “A sinfonia revelou-se vasta, séria, difícil, absorvendo todo o meu tempo, por vezes cansando-me extremamente”, escreveu ele à cantora de ópera Emiliya Pavlovskaya. “Mas uma voz interior diz-me que a obra será, talvez, a melhor das minhas composições sinfônicas”.

O enredo do poema de Byron gira em torno do herói romântico Manfred, que torturado por uma culpa, invoca sete espíritos, de quem espera ajuda para que possa se libertar. Mas eles não podem atender ao apelo de Manfred, que escolhe a morte em vez de se submeter aos espíritos poderosos.

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