O pianista brasileiro radicado na Alemanha Fabio Martino atua nesta quinta como solista da Orquestra Sinfônica Brasileira no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Ele será o solista no Concerto para piano em sol maior de Ravel, em programa todo de corte francês, que tem ainda obras de Honneger e Debussy, sob regência da maestra convidada Nathalie Marin.
O concerto de Ravel mostra influência do jazz. Em 1928, o compositor fez uma viagem aos Estados Unidos, onde se encontrou com George Gershwin e teve a oportunidade de ampliar sua exposição ao gênero, que ele já admirava. Várias de suas obras tardias mais importantes, como a Sonata para violino e piano e o concerto, mostram a influência do gênero.
A orquestra toca ainda Rugby, de Honneger. A peça é a segunda parte de seus Movimentos sinfônicos. Segundo o compositor, “seria um erro considerar a obra como música programática”. “Ela tenta apenas exprimir, pela minha linguagem musical, os ataques e contra-ataques do jogo, o ritmo e a cor de um jogo no estádio de Colombe.”
De Debussy, o programa traz Jeux, última obra sinfônica do compositor, um balé escrito para os Ballets Russes, com coreografia de Vaslav Nijinsky. O programa da estreia trazia a seguinte descrição:
“A cena é um jardim ao entardecer; uma bola de tênis foi perdida; um menino e duas meninas estão procurando por ela. A luz artificial das grandes lâmpadas elétricas que emitem raios fantásticos sobre eles sugere a ideia de brincadeiras infantis: brincam de esconde-esconde, tentam pegar uns aos outros, brigam, ficam de mau humor sem motivo. A noite está quente, o céu está banhado por uma luz pálida; eles se abraçam. Mas o feitiço é quebrado por outra bola de tênis lançada maliciosamente por uma mão desconhecida. Surpresos e alarmados, o menino e as meninas desaparecem nas profundezas noturnas do jardim.”
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![Fabio Martino durante concerto com a OSB no Theatro Municipal do Rio de Janeiro [Divulgação/Zô Guimarães]](/sites/default/files/inline-images/w-Fabio-Martino-e-OSB-Foto-Zo-Guimaraes.jpg)
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