A Orquestra Sinfônica de Santo André realiza neste domingo, dia 28, a Ocupação Sinfônica, com apresentação no saguão do Teatro Municipal Flavio Florence.
No concerto, serão estreadas duas obras do Projeto Brasil de 22 a 22, encomendadas pelo grupo ao longo dos últimos dois anos, formando um rico panorama da criação contemporânea brasileira: Eclipse, de Elodie Bouny, e Canções do lugar comum, de Leonardo Martinelli – os dois compositores também estiveram juntos no início do ano, quando o Theatro Municipal de São Paulo estreou suas óperas baseadas em peças de Plínio Marcos: Homens de papel e Navalha na carne, respectivamente.
Eclipse se propõe como “uma metáfora da escuridão que se abate ciclicamente no planeta e que espera pela volta da luz, para que a civilização possa seguir em frente apesar das adversidades. Ela pretende trazer um clima de esperança apesar da escrita escura e densa que apresenta em boa parte da música”.
Já Canções do lugar comum, de Martinelli, parte de textos que a poeta mineira Ana Martins Marques criou para o ciclo Visitas ao lugar-comum. Acompanhada por uma orquestra de cordas e harpa, a voz feminina “explora as diferentes nuances e sonoridades do português ao longo de 14 poemas curtos, mas de densa intensidade afetiva”. A solista será a contralto Nathália Serrano.
O programa tem ainda a Toada, peça para orquestra de cordas escrita por Lina Pires de Campos, e a Sinfonia nº 1 de Brahms. A regência é de Felipe Gadioli, novo regente assistente da Sinfônica de Santo André, dirigida pelo maestro Abel Rocha.
A Ocupação Sinfônica, segundo a orquestra, “propõe um olhar e uma audição diferenciados para os espaços da cidade, propiciando uma nova relação da música instrumental sinfônica com outras atividades culturais, esportivas e sociais”. “É no saguão do Teatro Municipal que está instalado o Tríptico, de Burle Marx. A obra é um conjunto de três painéis de concreto aparente, encomendado pela Prefeitura de Santo André ao artista. Burle Marx é um dos maiores expoentes do modernismo brasileiro e sua visão modernista resultou em milhares de jardins, paisagens e obras de arte. Nossa Ocupação Sinfônica conversa, desse modo, com aos 100 anos do modernismo no Brasil.”
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