Osesp volta à Sala São Paulo com Marin Alsop e Gabriela Montero

Após uma semana de turnê por cidades do interior de São Paulo, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo volta nos dias 11, 12 e 13 à Sala São Paulo. Nas apresentações, o grupo será comandado pela regente de honra Marin Alsop e contará com a pianista venezuelana Gabriela Montero como solista.

Montero tem posição de destaque no cenário internacional. Como intérprete, toca o grande repertório clássico-romântico com as maiores orquestras do mundo. Ao mesmo tempo, dá recitais solo em salas como o Wigmore Hall ou a Vienna Konzerthaus, nos quais o repertorio canônico divide espaço com a improvisação, que ela considera a essência de sua personalidade musical. 

“É muito real, muito honesto. Entrar no palco e improvisar é estar completamente livre. Não há nada. Vou ao palco e me permito entrar no processo, não sei o que vou fazer. É quase como se eu pudesse também assistir, como uma observadora, a algo que se passa fora de mim. Não é nada controlável”, ela contou em entrevista à jornalista Camila Fresca, publicada na edição de novembro da Revista CONCERTO.

Com a Osesp, ele vai apresentar o Concerto para piano e orquestra nº 1 , de Tchaikovsky – e, em seguida, o grupo interpreta Sheherazade, de Rimsky-Korsakov, inspirado nas narrativas das Mil e uma noites. Montero faz, ainda, recital solo no dia 14. 

Alsop estará com a Osesp também nos dias 18, 19 e 21, quando a orquestra apresenta um programa batizado de Floresta Villa-Lobos. O objetivo é, a partir da obra do compositor, dialogar com outros autores, revelando sua presença no imaginário cultural brasileiro e, ao mesmo tempo, evocar peças que levem em consideração a natureza e as tradições do país. 

Assim, as apresentações têm, de um lado, criações de Villa, como os Choros nº 3 e nº 5, além de seleções de A floresta do Amazonas, das Bachianas brasileiras nº 4 e dos Choros nº 10 – Rasga coração. E, de outro, obras de Clarice Assad (Nhanderú), Edino Krieger (trechos de Canticum naturale), Almeida Prado (trechos de Sinfonia dos orixás), Marco Antonio Guimarães (Onze), Philip Glass (seleção de Águas da Amazônia) e Tom Jobim (Boto e Passarim). Participam a pianista Olga Kopylova, a soprano Carla Cottini e o Coro da Osesp. 

Clique aqui e veja mais detalhes no Roteiro do Site CONCERTO

Leia também
Notícias Ópera de Igor Stravinsky ganha nova montagem no Theatro Municipal de São Paulo
Notícias Alba Bomfim rege Osusp em homenagem ao Dia da Consciência Negra
Entrevista Erika Ribeiro: "É importante que minha geração reveja rótulos da música erudita e popular", por Camila Fresca
Opinião Ópera de Weill ganha montagem que explora o grotesco, por Nelson Rubens Kunze
Opinião Brecht e Weill: elogios ao Pecado, por Ligiana Costa