Sala Cecília Meireles apresenta 'Concertos de Brandemburgo' de Bach

Entre 1718 e 1721, o compositor Johann Sebastian Bach escreveu seis peças dedicadas ao Marquês Cristóvão Ludovico de Brandemburgo-Schwedt. Na biblioteca do nobre, elas ficaram esquecidas durante décadas – até que, em 1850, os Concertos de Brandemburgo foram editados, tornando-se símbolo da produção de seu autor e de toda a música barroca.

E é com os seis concertos que a Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, realiza ao longo de outubro um Festival Bach, com três apresentações transmitidas pela internet com a participação da orquestra Johann Sebastian Rio e músicos convidados.

A orquestra foi criada em 2015 por um conjunto de músicos em atividade no Rio de Janeiro, “pela vontade de tocar numa orquestra como se fosse em um quarteto de cordas”, nas palavras do maestro e violinista Felipe Prazeres, um de seus idealizadores.

“Esse é o principal objetivo da orquestra, a única orquestra de câmera barroca profissional, fixa, do Rio. Sabemos quem é cada um no grupo. Fazemos programas como o sarau, escolhidos pelos integrantes. O músico está em primeiro plano, não atrás de um cantor. Nossas propostas envolvem destaque para todos, nas ideias e como solistas. Como vou deixar Priscila Rato, Marcus Ribeiro, Marco Catto só tocando no tutti? Foi isso que criou uma integração tão grande. Músicos que saem para estudar pedem para constar como licenciados. Somos 17, contando com o violão e a percussão, e há muita amizade ali, existe alegria quando a gente se reúne”, contou Prazeres em entrevista a Luciana Medeiros para a edição de outubro da Revista CONCERTO.

A primeira apresentação do festival, na terça-feira, dia 13, terá os Concertos de Brandemburgo nº 1 e nº 4 (com a violinista Priscila Rato), além do Concerto para dois violinos em ré menor (com solos de Tomaz Soares e Luisa Castro).

No dia 20, o programa tem os Concertos de Brandemburgo nº 3 e nº 6 e o Concerto para cravo e cordas nº 1. Os solistas serão os violistas Marco Catto e Daniel Albuquerque e a cravista Rosana Lanzelotte, uma das mais importantes pesquisadoras e intérpretes brasileiras dedicadas a esse repertório. 

O festival se encerra no dia 27, com os Concertos de Brandemburgo nº 2 e nº 5 e o Concerto para violino BWV 1042, mais uma vez com Lanzelotte e com os violinistas Márcio Sanchez, Priscila Rato e Ivan Scheinvar.

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