Entre 1874 e 1879, o compositor Bedrich Smetana trabalhou em uma de suas mais importantes obras: o ciclo Má vlast, ou Minha pátria, em português. Composto de seis partes, ele evoca a paisagem e personagens checas, alinhado ao nacionalismo musical, muito presente no final na Europa do século XIX.
Entre elas, a mais conhecida é O Moldávia, inspirada no rio de mesmo nome, normalmente apresentada em concertos sinfônicos como uma peça independente. Nesta quinta-feira, dia 25, no entanto, o público de Vitória poderá conhecer o ciclo completo em concerto da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo regido por Claudio Cruz, violinista e maestro, diretor da Orquestra Jovem do Estado, em São Paulo.
Smetana é influenciado pelo conceito de poema sinfônico tornado popular por Liszt, em que uma obra musical extrai sua inspiração de elementos extramusicais. A primeira parte de Minha pátria descreve o castelo de Vysehrad, onde viveram os primeiros reis checos. O Moldávia, que evoca o grande rio que cortava a região em que vivia o compositor, vem em seguida. A terceira parte, Sarka, recupera a lenda das mulheres guerreiras.
Z ceskych luhu a háju é o nome da quarta parte, inspirada nos bosques e florestas checos e nas pessoas que nelas vivem. A quinta parte, Tábor, descreve a paisagem do sul da Boêmia e relembra o passado de guerras da região, apropriando-se de um hino local, “Nós, guerreiros de deus”. Para encerrar, Blaník, nome de uma montanha na qual, diz a lenda, um enorme exército liderado por São Venceslau vive adormecido.
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