A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo abre esta semana sua temporada com três concertos, nos dias 5, 6 e 7, nos quais será apresentada a Missa solemnis de Beethoven. As apresentações marcam também a estreia de Thierry Fischer como diretor musical e regente titular do grupo. Os solistas serão a soprano Sarah Wegener, a mezzo soprano Kismara Pessatti, o tenor Atalla Ayan e o barítono Michael Nagy.
Beethoven trabalhou na Missa entre 1819 e 1824 e, segundo seu amigo Anton Schindler, o processo de composição foi intenso e conturbado. “Quando penso nos eventos daquele 1819, relembro a excitação mental dele e devo admitir que nunca antes e nunca depois o vi em similar estado de distanciamento do mundo. A cada vez que ele se aproximava da partitura, ela se tornava maior”, escreveu.
“Para mim, a Missa fala de eternidade e transcendência”, diz Fischer. “É uma obra complexa, mas sua complexidade fala diretamente conosco. Beethoven está fazendo uma afirmação sobre as lutas em sua vida. Está tratando da busca coletiva e individual pela paz. E termina a peça com um enorme questionamento. É isso que temos em mente à medida em que trabalhamos na interpretação da obra”, completa.
A apresentação do dia 5, quinta-feira, será transmitida pela internet nos canais da Osesp no Facebook e no YouTube.
Na próxima semana, a Osesp recebe o pianista britânico Paul Lewis, que ficará em São Paulo ao longo de duas semanas para uma série de apresentações (leia materia na pág. 22). Nos dias 12, 13 e 14, Lewis toca o Concerto para piano nº 5, Imperador, de Beethoven, a última das peças do gênero escritas por ele. A regência é de Stefan Blunier (que comanda a Osesp também no Concerto para orquestra, de Lutoslawski).
Clique aqui e veja mais detalhes no Roteiro do Site CONCERTO
Leia mais
Revista CONCERTO Ano Beethoven é destaque da edição de março
Notícias Maestrina brasileira Natália Larangeira é nova regente assistente da Filarmônica de Buenos Aires
É preciso estar logado para comentar. Clique aqui para fazer seu login gratuito.
Comentários
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não refletem a opinião da Revista CONCERTO.