Hugo Possolo deixa direção do Theatro Municipal para assumir Secretaria Municipal de Cultura

por Redação CONCERTO 12/03/2020

O diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo Hugo Possolo deverá assumir a Secretaria Municipal de Cultura no dia 23 de março. Ele vai substituir Alê Youssef, que deixa o posto no dia 20 deste mês para filiar-se ao Cidadania, que vai oferecer seu nome como possível vice-prefeito na chapa do atual prefeito Bruno Covas.

Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, Possolo, após conversas com os corpos estáveis, deve nomear ainda no final do mês um novo diretor artístico para o Municipal. A secretaria afirma, no entanto, que o novo nome chegará ao Municipal com a determinação de não realizar alterações na programação já anunciada.

Hugo Posso [Divulgação / Secretaria Municipal Cultura]
Hugo Posso [Divulgação / Secretaria Municipal Cultura]

Edital

Na semana passada, a Prefeitura Municipal de São Paulo adiou a proposta de mudança na gestão das escolas municipais de música e bailado, que passariam a ser geridas por meio de organizações sociais. O projeto havia sido colocado em consulta pública e despertou reações de alunos e professores, que organizaram um abaixo-assinado com mais 70 mil assinaturas contra a proposta.

A decisão foi publicada pela Secretaria Municipal de Cultura em sua conta no Instagram. Segundo o texto, a partir dos comentários feitos durante a consulta pública, no que diz respeito às escolas, a prefeitura entendeu que “eventuais novos modelos devem permanecer em estudo, e que propostas alternativas ainda necessitam amadurecimento”. “Portanto não haverá edital de chamamento para organizações sociais interessadas neste momento”, diz o texto.

O comunicado afirma, no entanto, que a mudança na gestão do Theatro Municipal e seus corpos estáveis será mantida e que em breve será lançado edital de chamamento para organizações sociais interessadas. Atualmente, a gestão é feita não pela lei das OSs mas pelo Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (Mrosc).

As escolas também já haviam se manifestado contra a extinção da Fundação Theatro Municipal, levando os vereadores da Câmara Municipal a retirar o teatro da lei que está em votação. Com isso, provavelmente, o novo contrato de gestão da OS será assinado novamente com a Fundação, como no contrato atual, repetindo a solução que tem gerado polêmicas nos últimos anos.

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