Grupo fará oito apresentações na Sala São Paulo, com maestros e solistas como Mariana Menezes, Elizabeth del Grande e Elisa Fukuda
A Orquestra Jovem do Estado de São Paulo terá “Paisagens sonoras” como tema de sua temporada 2025. A programação começa em fevereiro, com concerto com obras de Alla Pavlova, Philip Glass e Rachminov, solos de Fernanda Kremer e Elizabeth del Grande e regência de Claudio Cruz, diretor artístico do grupo.
Com a inspiração no conceito de soundscape, do compositor canadense Murray Shafer, a temporada se propõe a convidar o “público para uma caminhada à procura de sinais sonoros no meio de ruídos, um percurso pelos territórios dos sons em busca de uma escuta de músicas desconhecidas ou familiares e até mesmo perdidas e surpreendentemente reencontradas na memória, atravessando fronteiras geográficas, culturais e temporais”. “Cada concerto se torna uma viagem, um convite para cruzar diferentes cenários sonoros, nos quais ressoam tradições, ritmos e histórias”, diz o diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina Cultura, Paulo Zuben.
Em março, a orquestra interpreta obras de Fanny Mendelssohn e Tchaikovsky, mais uma vez sob regência de Cruz. Em abril, Mariana Menezes assume a batuta em obras de Gabriela Lena Frank, César Franck e Leonard Bernstein – a Sinfonia nº 2 – The Age of Anxiety, que terá solos da pianista Karin Fernandes. A violinista Elisa Fukuda será a solista em junho, no Concerto nº 5 de Mozart, em apresentação que terá ainda Las noches de los mayas, de Silvestre Revueltas, e de uma obra encomendada pela orquestra à compositora Elodie Bouny.
Em agosto, a Orquestra Jovem do Estado celebra o Ano da França no Brasil, com um programa especial, que conta com a pianista Ingrid Uemura como solista. O grupo vai apresentar o Concerto em sol maior e o Bolero de Ravel e as Bachianas brasileiras nº 2 de Villa-Lobos. “Essa fusão de sonoridades destaca a importância da cooperação artística internacional, promovendo um encontro que vai além das nacionalidades e ressoa como um diálogo entre as tradições musicais francesa e brasileira”, diz Zuben. “Essas escolhas revelam a paisagem plural da música sinfônica, na qual elementos de modernidade e tradição convivem harmoniosamente, proporcionando ao ouvinte uma experiência estética completa.”
Em setembro, Ira Levin rege obras de Paul Dukas (O aprendiz de feiticeiro), Cesar Frank (o Quinteto para piano e quarteto de cordas, em orquestração do próprio Levin), e Otorrino Respighi (Festival Romano). Outubro traz a violoncelista Marina Martins como solista na Sinfonia concertante de Prokofiev, de quem será tocada também a Sinfonia nº 5, sob regência de Claudio Cruz.
O último programa do ano, em dezembro, vai unir a orquestra com a Sinfônica do Guri para interpretar as Danças polovtisianas, de Borodin, e Petrushka, de Stravinsky, sob o comando de Cruz. A apresentação também terá o anúncio dos ganhadores do 14º Prêmio Ernani de Almeida Machado, voltada para os bolsistas da Orquestra Jovem do Estado.
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