Alexander Yakovlev abre série de concertos em Belo Horizonte

A série Concertos Gerdau, em Belo Horizonte, será aberta este mês com um recital do pianista russo Alexander Yakovlev, no dia 7 de junho. Com direção artística de Celina Szrvinsk, a programação completa inclui cinco atrações ao longo do ano, realizadas no Teatro do Centro Cultural Unimed BH Minas.

Yakovlev vai interpretar as Variações e fuga sobre um tema de Händel, de Brahms; a Balada nº 1 op. 23 em sol menor de Chopin; a suíte do balé O quebra-nozes, de Tchaikovsky, e três movimentos do balé Petrushka, de Stravinsky. 

A música russa, por sinal, é uma de suas especialidades: ele já gravou álbuns dedicados a compositores russos como Medtner, Stravinsky e Tchaikovsky, que costuma interpretar em recitais em palcos como o Carnegie Hall de Nova York, a grande sala da Filarmônica de Berlim, a Sala de Concertos do Mariinsky em São Petersburgo, a Victoria Hall de Genebra ou o Palau de les Arts Reina Sofia de Valencia.

A atração seguinte da série Concertos Gerdau, em julho, é o Trio Porto Alegre, formado pelo violinista Cármelo de los Santos, o violoncelista Hugo Pilger e o pianista Ney Fialkow. Os três são músicos de destaque no cenário brasileiro. Cármelo de los Santos atua tanto como solista com diferentes orquestras como desenvolve importante atividade pedagógica. Pilger e Fialkow também mantêm um duo, cujo último trabalho foi o importante lançamento da integral de Claudio Santoro para violoncelo e piano.

Em setembro, é a vez do Duo AM se apresentar na série. Ele é formado pelo violinista Alejandro Aldana e pelo pianista Fabio Martino. Aldana é spalla da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. E Martino é um dos principais nomes da nova geração do piano brasileiro – radicado na Alemanha, tem feito apresentações e gravações em que une os pilares do repertório para piano e orquestra à produção de importantes autores brasileiros, como Francisco Mignone e Camargo Guarnieri.

Falar de piano brasileiro significa necessariamente passar pela trajetória de dois músicos: Arthur Moreira Lima e João Carlos Martins. Ambos correram o mundo como revelações do piano, ganhando prêmios a partir dos anos 1950 e consolidando carreiras até hoje celebradas como marcantes, lembradas pela leitura de autores como Chopin e Bach, respectivamente. Martins, por conta de problemas nas mãos, acabou enveredando pela regência, mas sem abandonar completamente o piano – e é com o instrumento e ao lado de Moreira Lima que ele se apresenta em outubro na série.

A programação inclui ainda uma apresentação, com data a definir, da Orquestra de Formação e Transformação, que terá Werner Silveira como regente e os pianistas Junia Canton e Heron Alvin como solistas. O grupo foi formado por Silveira em 2019, com o objetivo de dar a dezenas de jovens estudantes de música de Belo Horizonte e região uma formação orquestral de excelência. O trabalho conta também com a participação ativa de vários músicos da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, que acompanham os ensaios e as apresentações, com o propósito de instruir técnica e artisticamente cada um dos estudantes.

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