A estreia de Orfeu e Eurídice, de Gluck, em 1762 significou um novo momento de reforma na história da ópera: com ela, o compositor abria mão das regras da opera seria em favor de uma “nobre simplicidade”, com música de intenso caráter teatral.
“Cantado em italiano, o enredo da ópera em si já é um manifesto, pois, ao eleger a história do semideus e sua desesperada luta para salvar a amada do mundo dos mortos, Gluck remete-se diretamente às próprias origens da ópera, cujos temas, no início do século XVII, haviam inspirados compositores como Jacopo Peri e Claudio Monteverdi”, escreveu o compositor Leonardo Martinelli sobre a obra na Revista CONCERTO de maio de 2014 (você pode ler o texto completo no Acervo CONCERTO; clique aqui)
“Em sua gana de reformar a ópera, o compositor abriu mão de coloraturas e outras pirotecnias vocais, enfatizando uma escrita mais declamada, que valoriza a compreensão do texto. Paralelamente, reinseriu o coral à estrutura operística, naquele momento praticamente extinto na maioria das produções.”
A ópera será apresentada neste fim de semana em Porto Alegre, no Theatro São Pedro, pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, com regência de Evandro Matté, direção cênica de William Pereira e um elenco composto por Denise de Freitas (Orfeu), Carla Cottini (Eurídice) e Raquel Fortes (Amor).
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