Com uma trajetória marcada pela inovação, a Orquestra Ouro Preto comemora 25 anos com uma programação que inclui lançamento de CD a estreia da ópera Feliz ano velho, de Tim Rescala, na praia de Copacabana.
Em evento realizado na noite de segunda-feira, dia 17 de março, no antigo teatro de ópera de Ouro Preto, a Orquestra Ouro Preto lançou a temporada comemorativa a seus 25 anos de trajetória. É um marco importante, que representa uma trajetória de paixão, ousadia e excelência musical. O grupo mineiro é hoje referência no cenário musical brasileiro ao unir a tradição da música de concerto com novas e surpreendentes abordagens artísticas
Criada no ano 2000, em Ouro Preto, Minas Gerais, a Orquestra Ouro Preto (OOP) chama a atenção por suas propostas inovadoras. “Nunca nos acomodamos. Desde o início, éramos um grupo de irmãos e amigos que acreditava na força da música. Não imaginávamos que chegaríamos tão longe, mas sempre tivemos coragem para inovar”, afirma o diretor e regente Rodrigo Toffolo, que é, junto com o compositor argentino Rufo Herrera e Rodolfo Toffolo, um dos criadores do conjunto. Um dos pilares do trabalho da orquestra é o compromisso com a democratização do acesso à arte, com concertos gratuitos até grandes apresentações em palcos internacionais. Essa abordagem inclusiva também se reflete no ambiente digital, onde a orquestra se tornou uma das mais ouvidas da América Latina, com milhares de ouvintes no Spotify e YouTube.
A temporada comemorativa se iniciou no início do ano, quando a orquestra realizou uma turnê internacional de grande sucesso, na qual lotou teatros europeus com o espetáculo Valencianas (leia mais aqui).
O próximo marco da temporada é o lançamento do 23º álbum do grupo, intitulado Orquestra Ouro Preto: Villa-Lobos, Piazzolla e Mehmari. O disco traz interpretações da Bachiana Brasileira nº 9, de Heitor Villa-Lobos, da Suíte del Ángel, de Astor Piazzolla, com arranjos inéditos de José Carli, e das Canções para as estações, de André Mehmari, com participação da soprano Marília Vargas. O álbum estará nas plataformas digitais a partir do próximo dia 21 de março.
Em 2025, a parceria entre a orquestra e o Sesc Palladium, em Belo Horizonte, completa uma década e segue com apresentações mensais a preços populares. O primeiro concerto da temporada ocorre em 23 de março, homenageando Rufo Herrera, com participação do Quinteto Tempos. Outros espetáculos da temporada são o Música para Cinema, o entremez O grande governador da Ilha dos Lagartos, o tributo Nirvana: Nevermind, o espetáculo cênico-musical Fernando Capelo Gaivota e uma nova edição da série Alma Mineira, que celebra a música feita em Minas Gerais.
Uma das grandes estreias do ano será a adaptação operística do livro Feliz ano velho, de Marcelo Rubens Paiva, com música e libreto de Tim Rescala. “A música brasileira de concerto é algo muito importante e presente em nossa história. Essa visão veio desembocar em uma vertente essencial atualmente no trabalho da Orquestra Ouro, que é a construção de uma ópera popular brasileira, com textos contemporâneos brasileiros e cantadas em português. A primeira empreitada foi o Auto da Compadecida, a segunda foi Hilda Furacão, agora vamos com a adaptação de Feliz ano velho, do Marcelo. Essa é uma grande novidade para a nossa temporada de 25 anos”, afirma Rodrigo Toffolo.
A ópera terá sua primeira apresentação em 14 de junho, na praia de Copacabana, e segue depois para Belo Horizonte, onde será encenado no Palácio das Artes, em agosto.
A programação da Orquestra Ouro Preto também inclui apresentações em várias regiões do Brasil, com concertos no Rio Grande do Norte, Bahia, São Paulo, Paraná e Amazonas. Em Minas Gerais, a orquestra fará uma turnê especial pelo interior, levando o espetáculo Lendas do Rock a diversas cidades, com versões sinfônicas de clássicos do rock.
A Orquestra Ouro Preto é um grupo independente que se sustenta por meio de patrocínios privados. A temporada comemorativa tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale, SulAmérica, AngloGold Ashanti, Kinross Paracatu e Aliança Energia, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

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