Retrospectiva 2020: Helder Trefzger

por Redação CONCERTO 28/12/2020

Helder Trefzger, diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo

“2020, um ano que chega ao final marcado pela pandemia e suas consequências, trouxe também, notadamente para os artistas, a necessidade de reinvenção, a busca por soluções criativas e muito jogo de cintura para driblar a crise e as restrições impostas por uma situação atípica. Para nós, 2020 foi ainda um ano de reflexão, de mudanças, de rever posturas e métodos e de reavaliar procedimentos. 

Passados os concertos iniciais e as primeiras homenagens a Beethoven, tivemos que, a exemplo das demais orquestras, produzir material digital. Inicialmente apresentamos o "Café da Manhã com a Orquestra", com transmissões feitas pelos próprios músicos, diretamente de suas casas (e retransmitidas pelas redes sociais da Secult); depois, o programa "Oses na TV", com transmissões diretas do estúdio da TVE, igualmente retransmitidas pela Secult. Além disso, realizamos a gravação de conteúdo digital, especialmente de música de câmara, para posterior transmissão. Um momento importante para nós foi o projeto “Live Solidária”, que arrecadou doações para ajudar artistas, técnicos de teatro, circo, povos tradicionais de matriz africana, quilombolas e indígenas, dentre outros. Outra ação que destaco foi a nossa participação no Festival de Música Erudita do Espírito Santo. 

No plano nacional, a criação do Fórum Brasileiro de Ópera, Dança e Música de Concerto foi uma grande conquista para a classe artística, não só pela inédita união em torno de causas comuns e pelo amplo diálogo, mas também pela sua contribuição imediata neste momento crítico, inclusive com a elaboração de protocolos de segurança para a retomada gradual das atividades artísticas. 

Por último, mas não menos importante, destaco também a Lei Aldir Blanc, outra importante conquista, crucial para o setor artístico, tão atingido pela paralisação das suas atividades presenciais. Espero que 2021 seja um período de retomada das apresentações com contato direto com o público, de crescimento, de cooperação, de diálogo. Que a arte continue fazendo a diferença na vida das pessoas.”

[Divulgação / Kristina Gonçalves]
[Divulgação / Kristina Gonçalves]

 

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